Campo Grande News em 02 de Julho de 2020
Divulgação/PF
Investigação é realizada desde 2017 e apreendeu 327 quilos de cocaína, além de maconha
Conforme a PF, a investigação começou em 2017 e foi identificado que o líder, apontado com o principal beneficiário do esquema de tráfico de drogas, atua ao menos desde 2015, sem nunca ter tido profissão lícita neste período. O tráfico vinha acompanhado da lavagem de dinheiro por meio de uma distribuidora e uma empresa de cosméticos. Ambas tiveram as atividades suspensas.
“A linha que a Polícia Federal tem atuado no combate ao tráfico de droga não é meramente apreensão de entorpecentes. Mas sim a desestruturação da organização criminosa com a prisão dos principais líderes e, principalmente, a desarticulação financeiras das organizações. Não adianta prendermos eles e eles continuarem com o patrimônio, porque eles vão continuar gerenciando o tráfico de dentro do sistema penitenciário”, afirma o superintendente regional da PF, Cléo Mazzotti.
De acordo com ele, seguir o rastro do dinheiro torna a investigação mais complexa. “Porque você tem que fazer todo um processo de investigação de lavagem de dinheiro, tem que detectar qual é o capital ilícito, onde esse capital andou e qual foi o destino utilizado. Aí sim verificar qual foi bem adquirido, qual foi a conta de laranja que está depositada e apreender”, diz o superintendente da Polícia Federal.
A operação, realizada em Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Goiás e Rio Grande do Norte, prendeu sete pessoas e outras duas estão foragidas. A ação cumpriu nove mandados de busca e apreensão. Em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, foram apreendidos vários veículos. Em Ladário, um homem de 36 anos foi preso, celular e documentos foram apreendidos.
Logística
A organização criminosa tinha logística de levar o entorpecente por água e terra. Da fronteira da Bolívia com MS, a droga seguia de barco pelos rios Paraguai e Taquari até Coxim. Na sequência, a cocaína viaja pelas rodovias até alcançar o Nordeste.
A polícia aponta que a cocaína abastecia a região Nordeste, mas não descarta a possibilidade de seguir viagem para outros países, lembrando que o valor da mercadoria aumenta no mercado europeu e asiático.
Foram apreendidos durante a investigação R$ 2,9 milhões, 327 quilos de cocaína, 150 quilos de maconha, nesta quinta na casa de um dos alvos, além de embarcações e imóveis.
O grupo vai responder por tráfico internacional de entorpecente, associação para o tráfico e organização criminosa.
02/07/2020 PF deflagra operação que investiga organização criminosa por tráfico de drogas
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