Fonte: Campo Grande News em 04 de Dezembro de 2019
De acordo com o secretário de Estado de Segurança, Carlos Videira, policiais que estavam à caça dos bandidos desde segunda-feira localizaram o esconderijo na noite de ontem. Equipes estavam de tocaia e nesta manhã, com mandados emitidos pelo juízo de Amambai em mãos, entraram na propriedade.
“Fomos recebidos a bala”, disse um dos envolvidos na operação. Segundo o secretário, alguns bandidos fugiram para uma área de mata e com apoio do helicóptero do GPA (Grupamento de Patrulhamento Aéreo), policiais fazem buscas pelo local.
Segundo o delegado Fabio Peró, da Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), dentre os mortos, está José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, um dos assaltantes de bancos mais procurados do Nordeste. Ele era líder do Bonde do Maluco, conhecido como BDM, considerada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia, a facção mais truculenta do estado.
Zé de Lessa é o “Ás de Ouro” do Baralho do Crime, organograma montado pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia para identificar os bandidos mais perigosos do estado.
Dezenas de assaltos, principalmente a agências bancárias, são atribuídas à quadrilha comandada por Zé de Lessa. Em novembro do ano passado, o Bonde do Maluco teria roubado R$ 100 milhões de um banco em Bacabal, no Maranhão.
José Francisco Lumes estava foragido desde 2014 quando foi solto pela Justiça, mas continuava comandando os assaltos à distância. Informações da polícia baiana revelavam que ele estava escondido no Paraguai.
No assalto ao banco em Bacabal, o irmão de Zé de Lessa, Edielson Francisco Lumes, e outros dois integrantes da quadrilha foram mortos em confronto com a polícia. Segundo a polícia, Edielson tinha a função de subchefe e repassava as ordens de Zé de Lessa à quadrilha, formada por pelo menos 80 bandidos.
A operação envolve além da equipe da Garras, o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e uma equipe da PM (Polícia Militar) de Amambai.
O ataque
Na segunda, a quadrilha atacou o carro-forte na MS-156, entre Caarapó e Amambai, mas fugiu para o Paraguai sem levar um único centavo do assalto.
Os bandidos tentaram abrir o blindado com explosivos, mas a porta não abriu e eles fugiram. Só a perícia vai revelar se o carro-forte resistiu por causa da quantidade de explosivo ou se os artefatos falharam.
Segundo o secretário, ao que tudo indica, a quadrilha é a mesma que em meados de 2017 atacou carro-forte da mesma empresa, na mesma rodovia, na fronteira. A região fica a poucos quilômetros de Capitán Bado, base de quadrilhas brasileiras que controlam o tráfico de drogas e de armas na fronteira.
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