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Agepen e PM vão abrir sindicância para apurar fuga de presos do Estabelecimento Penal de Corumbá

Leonardo Cabral em 02 de Setembro de 2019

Divulgação

O brasileiro Anilson, no momento em que foi entregue, em 28 de junho, pela Polícia Boliviana à Polícia Federal

Após a fuga dos presos Milcíades Ramon Merlo Trinidad, de 26 anos, de nacionalidade paraguaia e o brasileiro, Anilson Ricardo Nerys, de 37 anos, que é natural de Goiás, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen) abriu sindicância através da corregedoria, para apurar as circunstâncias da fuga. Foi o que informou ao Diário Corumbaense na manhã desta segunda-feira, 02 de setembro, a assessoria de imprensa do órgão.

Além disso, o Comando do 6° Batalhão da Polícia Militar de Corumbá, também irá abrir inquérito administrativo, já que 10 policiais se revezam diariamente para fazer a segurança externa do presídio.

Os detentos fugiram logo nas primeiras horas da última sexta-feira (30). Eles usaram escadas para fugir do Estabelecimento Penal Masculino. A ação da dupla foi percebida por volta das 06h15, quando um agente penitenciário constatou que o cadeado da cela onde eles estavam, com mais 10 internos, foi arrombado.

Ação planejada e ousada

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Paraguaio Milcíades Trinidad cumpria pena por latrocínio

Conforme apurado pela reportagem, a ação dos fugitivos foi considerada ousada e bem planejada. Os detentos arrebentaram o cadeado da cela, saíram em direção ao muro, onde então, foi lançada uma escada, para que eles pudessem pular a estrutura, e uma outra escada já havia sido colocada do lado de fora para que fugissem.

O muro do Estabelecimento Penal de Corumbá tem aproximadamente cinco metros de altura. As Polícias continuam com as buscas para capturar os dois presos. Atualmente, o presídio masculino abriga mais de 650 detentos que cumprem pena em regime fechado.

Homicídios e tráfico de drogas

Milcíades, que é paraguaio, cumpria pena de 20 anos de prisão por latrocínio e estava no presídio de Corumbá desde 10 de agosto de 2018.

Já o brasileiro Anilson, foi condenado pela Justiça a uma pena de 30 anos por tráfico de drogas e também homicídio. Foi extraditado da Bolívia e entregue à Polícia Federal do Brasil no dia 28 de junho deste ano, na ponte que limita a fronteira entre Corumbá e o país andino. Anilson foi preso na cidade de Santa Cruz de la Sierra e desde então estava cumprindo pena no presídio da cidade.

Conhecido como “Rei”, ele foi preso pela FELCN (Força Especial de Luta contra o Narcotráfico) após colaboração e troca de informações entre as duas instituições policiais. Anilson, é condenado por diversos crimes, como homicídio e tráfico de drogas. Ele se escondia na Bolívia com documentos falsos.