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Denúncia leva à apreensão de 160 canários-peruanos trazidos da Bolívia

Leonardo Cabral em 14 de Maio de 2019

Mulher de 33 anos foi presa em flagrante, na manhã desta terça-feira, 14 de maio, após policiais militares ambientais receberem denúncia de que em sua residência, localizada na Alameda Antônio Avelino do Amaral, bairro Dom Bosco, em Corumbá, havia diversas aves. Ao todo, foram apreendidos 160 canários-peruanos.

Os pássaros estavam em pequenas gaiolas revestidas por bolsas plásticas e a detida, que atua como comerciante na cidade, disse que os canários-peruanos foram trazidos da Bolívia. Ela ainda revelou que as aves tinham sido deixadas por um boliviano e que receberia R$ 50,00 por cada um, para escondê-los. Os pássaros, que não são da fauna brasileira, foram apreendidos.

Divulgação/ PMA

Canários estavam na casa de uma mulher no bairro Dom Bosco

A infratora foi conduzida à delegacia de Polícia Civil de Corumbá e responderá por crime ambiental. Se condenada, poderá pegar pena de três meses a um ano de detenção. Ela também foi autuada administrativamente e multada em R$ 34.000,00. Os canários estão no quartel da PMA em Corumbá, aguardando decisão dos órgãos de vigilância e sanidade animal e do Imasul.

MS é serve como rota para este tipo de crime

A primeira apreensão registrada em Mato Grosso do Sul foi no ano de 2000, quando 400 canários eram levados para Brasília no porta-malas de um veículo.

Segundo a PMA, este é um tipo de tráfico, do qual Mato Grosso do Sul é apenas rota. O canário-peruano (Sicalis flaveola valida) entra no Brasil, trazido por traficantes peruanos, bolivianos e brasileiros e é levado, na maioria das vezes, para Brasília (DF) e para a região Nordeste e norte de Minas Gerais, para ser utilizado em “rinhas”, por ser uma espécie um pouco maior, mas muito parecida com o Sicalis flaveola brasiliensis, o nosso “canário-da-terra”.

Os canários-peruanos também são cruzados em cativeiro com a ave brasileira, fato que coloca em risco esta espécie. O cruzamento produziria um espécime intermediário, difícil de ser diferenciado e muito forte para utilização em “rinhas”. Uma única vez, no ano de 2015, cinco canários foram apreendidos em Corumbá, sendo criados em cativeiro.

Com relação a essas aves, em 2017 e 2018 não houve nenhuma apreensão, porém, foram apreendidos 280 animais em 2016 e 1.810 no ano de 2015. Normalmente as apreensões dessas aves são em grandes quantidades.

Vale ressaltar, que a lei não reconhece o tráfico do canário-peruano, ou outra espécie exótica vinda de outro País, como tráfico e, sim, como introduzir espécie no País sem autorização.

A forma de combate a esse tipo de ação tem sido por meio de barreiras nas estradas, especialmente, na região de Corumbá. Apreensões também são realizadas pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Receita Federal. Com informações da Polícia Militar Ambiental. 

Comentários:

Raphael Medeiros de jesus: Por quê q os órgãos d vigilância e sanidade animal preferem sacrificar os animais d q preservar a sua saúde e vida? Prá q servem os veterinários e laboratórios... prá que? "Suposta" ameaça d contaminação... Porq ñ deixa-los em quarentena num local seguro p/ serem examinados? É mais fácil p/ esses orgãos mandar sacrificar os animais.Grande solução! Isso é crime e ñ proteger a vida dos animais. Se ñ podem ficar aqui p/ serem estudado por biólogos e ornitologos então deveriam deportar tds p/ seu país d origem.É lastimável ver esse tipo d atitude tomada p/ orgãos d vigilância e sanidade animal.Cuidar p/ vc's vai custar dinheiro!