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Em 6º lugar no número de suicídios, MS ativa comitê de prevenção

Campo Grande News em 17 de Abril de 2019

Instituído, mas nunca ativado, o CEPS-MS (Comitê Estadual de Prevenção ao Suicídio de Mato Grosso do Sul) passa a funcionar este ano na SES (Secretaria Estadual de Saúde). A instituição do comitê faz parte da estratégia da pasta para cumprir as medidas determinadas pelo Ministério da Saúde após Mato Grosso do Sul aparecer entre os seis estados com maior índice de suicídio do país, em 2017.

Dois anos depois os índices alarmantes se mantêm, segundo a gerente estadual da rede psicossocial, Michele Scarpin. “Continuamos entre os seis Estados com maior registro se suicídios, nós só perdemos para Rio Grande do Sul e Santa Catarina. E nos últimos anos também registramos um aumento tanto das mortes como das tentativas de suicídio em Mato Grosso do Sul”, afirma.

Dados

Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, a reativação do Comitê é necessária para dar mais visibilidade ao tema. “É um tema muito presente no atual momento, em todo o mundo. Nós precisamos ter um olhar mais apurado para essa questão. Está acontecendo com muita frequência, desde crianças até adultos e idosos. Além do suicídio ser muito comum dentro de aldeias indígenas do Estado. Precisamos discutir com a sociedade”, afirma.

A gerente estadual da rede psicossocial explica que a atuação do comitê começa no próximo mês com as primeiras reuniões. “O Ministério da Saúde determinou aos seis estados que lideraram o ranking de suicídio que apresentassem projetos de combate. Com nosso projeto aprovado, o comitê é uma instância importante para avaliar o desenvolvimento desse projeto”, explica.

Segundo Scarpin, o projeto é focado ações de prevenção. “Não só da atenção básica, no também no manejo clinico e na elaboração do fluxo de atendimento desses pacientes. E envolve não só saúde, porque também é um problema social, de educação e de segurança pública”, aponta a gerente.

Sub-notificação

Mesmo com o aumento do número de suicídios no Estado, a gerente estadual da rede psicossocial acredita que os índices são maiores e são sub-notificados. “Muitos municípios do interior tem dificuldade de notificar os casos de tentativa de suicídios, com o projeto vamos qualificar esses profissionais para fazer a notificação de forma correta”, explica.

Segundo ela, a expectativa é que esses números cresçam ainda mais. “Quando começarmos as notificações vão aumentar, mas esse aumento é positivo porque vamos conseguir ter um diagnostico melhor para poder atuar na prevenção do suicídio”, completa.

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