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Saúde distribui mais de 5 mil preservativos e intensifica ações contra a aids

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMC em 05 de Fevereiro de 2018

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Distribuição de preservativos continua até o carnaval

Desde o dia 20 de janeiro, cerca de cinco mil preservativos e mais de 1.400 unidades de gel já foram distribuídos pela Prefeitura de Corumbá. Alguns dos alvos da ação foram os barracões de escolas de samba, para onde os servidores do Município se deslocaram à noite, durante ensaios técnicos. A Secretaria Municipal de Saúde intensificou atividades de prevenção a infecções sexualmente transmissíveis por causa da proximidade do carnaval. A distribuição de preservativos continuará intensa até o final do período festivo.

O serviço tem sido realizado por equipes do Programa de Combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/AIDS), vinculado à Coordenação de Vigilância Epidemiológica e Vigilância em Saúde. “O grupo começou a frequentar os barracões, ensaios e eventos de grande importância para tentar sensibilizar as pessoas quanto ao uso de preservativos”, afirmou Viviane Ametlla, gerente de Vigilância em Saúde do Município.

Conforme Viviane, é preocupante o aumento de pacientes diagnosticados com ISTs. “Temos uma preocupação muito grande com a questão da Aids, como também da sífilis, que tem aumentado bastante no Brasil e em Corumbá não tem sido diferente. Os números estão elevados e precisamos tentar sensibilizar as pessoas para fazerem o sexo seguro”.

Ela afirmou ainda que há atenção maior na faixa etária dos adolescentes, já que o número de meninas gestantes é alto e a quantidade de adolescentes com doenças sexualmente transmissíveis é elevada. “Os adolescentes têm começado a vida sexual cedo e precisam estar atentos a esses cuidados porque essas doenças não têm cara, mas a preocupação não é só com eles, temos também os idosos que estão redescobrindo o sexo”, disse Viviane Ametlla.

Com relação aos estudantes mais jovens, Viviane afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde vai estabelecer novo diálogo com a Secretaria Municipal de Educação para organização de projeto com objetivo de orientar adolescentes sobre o tema. “Vamos retomar essa conversa com o novo secretário para estabelecermos de que maneira podemos abordar esse assunto porque é algo delicado, tem que ter toda uma metodologia para se falar com adolescente, já que a ideia é prevenir as doenças”, disse Viviane.

Consequências da sífilis congênita

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, no segundo semestre de 2017 foram notificados 70 novos casos de AIDS/HIV em Corumbá, sendo 68 em adultos e dois em crianças (uma do Brasil e outra da Bolívia). Com relação à sífilis, foram 64 notificações no mesmo período em diversas classes de pessoas e 32 em gestantes. Houve um caso de sífilis congênita, quando a doença passa da mãe para o bebê, geralmente quando a gestante não faz o pré-natal adequadamente.

Conforme o Ministério da Saúde, a incidência de sífilis entre recém-nascidos no Brasil é alta. Para evitar que a doença seja passada da gestante para o bebê, é necessário realizar o pré-natal com exames que visam a detectar a DST. O tratamento é simples, de custo financeiro baixo e bastante efetivo. Vale ressaltar que em caso de gestante com sífilis, é necessário que o parceiro também faça o tratamento para não ocorrer reinfecção. A sífilis materna sem tratamento pode levar ao aborto espontâneo, nascimento prematuro ou o bebê pode nascer aparentemente saudável e passar a desenvolver sinais da doença com o passar do tempo.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, na sífilis congênita precoce os sinais e sintomas surgem até os 2 anos de vida: baixo peso; coriza com sangue; obstrução nasal; prematuridade; inflamação de osso que envolve a cartilagem; choro ao manuseio; bolhas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés; fissura peribucal; aumento do fígado e do baço; alterações respiratórias/pneumonia; icterícia; anemia geralmente severa; hidropsia; pseudoparalisia dos membros; e lesões na pele.

Já na sífilis congênita tardia, os sinais e sintomas surgem a partir dos 2 anos de vida: tíbia em “lâmina de sabre”; espessamento dos ossos do crânio que pode gerar aspecto grosseiro da fronte, chamada “fronte olímpica”; deformação nasal em que a ponte do nariz (sua parte superior) é achatada, muitas vezes bem próxima do resto da face; dentes incisivos medianos superiores deformados (dentes de Hutchinson); mandíbula curta; arco palatino elevado; problemas visuais graves; surdez neurológica; e dificuldade no aprendizado.

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