Lado B - Campo Grande News em 12 de Maio de 2024
Arquivo pessoal
Laura e o marido segurando as mãozinhas dos dois filhos, de 3 e 4 anos
Quando o telefone tocou e Laura tinha quarenta e três anos, ela pode adotar dois irmãos, de 3 e 4 anos de idade, após um processo que durou cerca de dois anos. Sua jornada para a maternidade foi marcada por espera, mas um amor que quase não cabia no peito.
Desde sua juventude, Laura sempre soube que queria ser mãe. A paixão por crianças a acompanhou ao longo dos anos, e ela descreve essa vontade como algo intrínseco a sua essência. "Eu tenho vontade de ser mãe desde que me entendo por gente, sempre tive paixão por criança. Eu falo que nasci para ser mãe do jeito que fosse", compartilha Laura.
O desejo de adoção surgiu pela primeira vez em 2008, quando Laura trabalhava em uma ONG em Corumbá, onde teve contato direto com crianças do abrigo. Esse contato fortaleceu ainda mais sua vontade de formar uma família através da adoção. Vindo de uma família adotante, onde primos chegaram através desse processo, Laura entendia a importância e a responsabilidade envolvida na adoção de uma criança.
Após tentativas frustradas de conceber um filho biológico, Laura e seu marido decidiram seguir o caminho da adoção. O casal enfrentou a burocracia do processo sem cansaço algum, realizando cursos e preparando-se para receber seus futuros filhos.
O processo de adoção finalmente se concretizou em Belém do Pará, onde Laura conheceu seus filhos pela primeira vez. Após quase um mês de convivência, os irmãos de 3 e 4 anos foram oficialmente adotados por Laura e seu marido.
Laura descreve a experiência como transcendental, afirmando que seus filhos são perfeitos no amor e na conexão. "Hoje eu consigo dizer que se fosse da minha barriga, não seriam tão perfeitos no amor, na conexão, na convivência, como são esses dois, chegaram assim para consertar muita coisa na minha vida".
No seu primeiro Dia das Mães, Laura transborda felicidade. Após 14 anos de espera, ela finalmente celebra a realização de um sonho. "É a realização de um sonho. Eu fiquei na espera já com 43 anos, para mim demorou uma eternidade, mas hoje é como estar tocando um pedacinho do céu", expressa Laura.
Ela oferece um conselho para aqueles que estão na espera pela adoção, incentivando-os a terem fé e paciência, pois a ligação que tanto esperam pode acontecer a qualquer momento. Laura também enfatiza a importância de aproveitar o tempo antes da chegada dos filhos para descansar, pois após o nascimento, o tempo e a atenção serão totalmente dedicados a eles. "Nosso telefone do inconsciente toca a todo instante. Mas é o maior amor e prazer do mundo servir esses filhos", finaliza.
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