Rosana Nunes e Ricardo Albertoni em 24 de Novembro de 2017
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Diego e Rita de Cássia estão foragidos e são acusados de duplo homicídio
"Viemos cedo, arrombei a porta e vi a casa toda revirada. Vimos que tinha um baldrame de tijolo com areia fina, por isso desconfiamos que poderiam concretar alguma coisa, então resolvemos cavar um local na varanda da casa e achamos umas placas de madeirite de guarda-roupa, tiramos as placas e na hora que eu coloquei a alavanca e levantei até o fundo saiu um edredom e senti um cheiro forte de 'carniça' e percebemos que o edredom estava com sangue. Acionamos a PM e a Perícia", contou, Carlos Alberto Júnior, cunhado de Paulo.
A Polícia Militar isolou a área e após a chegada da perícia houve a confirmação de que os corpos estavam enterrados no local e já estavam em avançado estado de decomposição. No Instituto Médico Legal, os peritos confirmaram que Marilene levou três facadas enquanto Paulo foi morto com uma facada nas costas.
"Já tomamos alguns depoimentos e tudo leva à Rita e ao Diego, como autores do crime. Ele, inclusive não seria nem de Corumbá. Já sabemos que os dois embarcaram na quinta-feira (23) em ônibus para Campo Grande", afirmou o delegado Sam Suzumura. O casal é acusado de homicídio qualificado por motivo fútil, ocultação de cadáver e furto qualificado. A prisão deles já foi decretada pela Justiça.
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Marilene e Paulo viviam juntos há cerca de 10 anos, segundo familiares
Mãe não aprovava relacionamento
A reportagem deste Diário falou por telefone com o filho de Marilene. Mauro Neto, de 30 anos, é técnico em refrigeração e mora em Campo Grande. Ele contou que a irmã sempre deu problemas à mãe. "Ela sempre deu desgosto para a minha mãe, já tinha dito à ela que a mãe ainda ia morrer por causa dela, mas jamais passou pela minha cabeça que ela cometeria um crime bárbaro como esse", disse emocionado ao confirmar que Marilene não aprovava a relação da filha com Diego. "Minha mãe já tinha proibido a ida dele em casa, mas ele ia até a porta e dizia que ficaria com a Rita ela querendo ou não", afirmou ao dizer que não conhecia Diego pessoalmente. "Por causa do trabalho, eu viajo, a última vez que fui em Corumbá foi em setembro, mas nunca vi esse homem", completou.
Mauro soube por conhecidos que desde o dia 08 de novembro, Rita procurava emprestar dinheiro e no último dia 14, ligou para o irmão do celular da mãe e depois de um número privado para saber se ele estava em Corumbá. "Eu disse que não e quando perguntei da minha mãe e do meu padrasto, ela disse que tinham ido embora pra Bolívia abrir um comércio. 'E a casa, as coisas, Rita?', perguntei, e ela respondeu: 'ah, ela falou pra vender'. Também perguntei com quem ela estava e me confirmou que estava com esse Diego. Não estranhei tanto porque pensei que minha mãe tinha ido embora para ter um pouco de paz e depois ia me ligar. Hoje, recebi essa trágica notícia", contou Mauro.
Parentes contaram que os dois acusados venderam geladeira, fogão, freezer, conseguiram arrecadar R$ 1,2 mil e viajaram. Rita tem uma filha de três anos, que provavelmente está com ela. Qualquer informação do paradeiro dos suspeitos pode ser relatada aos policiais do 1º Distrito pelo telefone (67) 3234-7100. (matéria atualizada para confirmação do nome do suspeito Diego Antônio da Silva)
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