Lívia Gaertner em 06 de Outubro de 2017
Marino Sampaio, de 73 anos de idade, conhecido como “Barão da Cervejaria”, foi preso em flagrante por policiais civis que integram o SIG – Setor de Investigações Gerais d0 1º Distrito Policial de Corumbá, por volta do meio-dia desta sexta-feira, 06 de outubro.
Fotos: Divulgação/SIG - Polícia Civil
Marino era apontado por moradores como "Barão da Cervejaria" por ditar regras nas bocas de fumo da região
Conhecida nos arredores como “Boca do Marino”, a residência do detido, localizada no bairro Cervejaria, já havia sido alvo de ações policiais anteriores e, segundo relatos da comunidade aos policiais, era o homem de 73 anos que ditava as regras do tráfico em todas as bocas de fumo existentes na localidade.
A rotina de Marino foi observada pelos policiais que constataram que ele não estocava grande quantidade de entorpecentes na casa. Utilizando-se dos serviços de mototáxi que lhe traziam sempre pequenas quantidades, ele abastecia o comércio ilícito.
Como a casa não tem muros ou barreiras visuais, foi possível os policiais perceberem a forma como ele manuseava a droga para a venda. Marino tinha o hábito de fechar o portão enquanto preparava as porções de droga, porém, por volta das 12 horas desta sexta-feira,ele esqueceu o portão aberto durante uma dessas preparações, momento quando os policiais que estavam monitorando-o decidiram invadir a casa.
No interior da residência, os policiais encontraram, além de Marino, a filha dele e uma mulher contratada como cuidadora da menina, que é portadora de necessidades especiais. Os policiais ainda encontraram 14 trouxinhas de substancia análoga à cocaína, totalizando 5,2 gramas e, R$ 517, além de material para o preparo do entorpecente, dentre eles, duas tesouras, duas peneiras, plásticos condizentes com a da embalagem dos entorpecentes, e três aparelhos de telefone celular.
Policiais encontraram drogas, dinheiro e material para preparo de "trouxinhas" na casa de Marino
Como os policiais tinham informações de que Marino utilizava-se de terceiros para esconder entorpecentes, que seriam seus funcionários, a equipe do SIG foi até à casa da cuidadora da filha dele, no bairro Maria Leite, onde encontrou diversas joias, incluindo brincos, anéis, correntes e pingentes. A funcionária disse à Polícia que as peças eram da esposa falecida de Marino e confirmou que o mesmo prepara, vende e negocia drogas. Ela afirmou não saber de onde o patrão traz o entorpecente que comercializava.
Marino recebeu voz de prisão e foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Corumbá. O Conselho Tutelar foi acionado, já que a filha dele precisa de atenção diferenciada por ser portadora de necessidades especiais.
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