Uol Esportes em 18 de Agosto de 2016
O segundo lugar é, por si só, um feito para Ágatha e Bárbara, que chegaram como a segunda dupla mais cotada do Brasil e se superaram para chegar na decisão. Aos 33 e 29 anos, respectivamente, as duas fizeram no Rio sua estreia em Olimpíadas e logo de cara levaram uma prata, melhor resultado do Brasil em 12 anos no vôlei de praia feminino.
O jejum de títulos no esporte que tem o país como coautor, porém, persiste. Desde 1996, quando a modalidade estreou nos Jogos Olímpicos de Atlanta, o Brasil não sobe no lugar mais alto das Olimpíadas no feminino. Depois do ouro de Jackie Silva e Sandra Pires, o país já teve duas pratas com Adriana Behar e Shelda, mas nunca conseguiu retomar o domínio sobre o esporte.
Nesta quarta, diga-se, a conquista nunca esteve muito próxima. O vento que bateu forte na arena de Copacabana minutos antes da final começar afetou muito o jogo, e as brasileiras nitidamente sofreram mais que as rivais para se adaptarem. Enquanto Ludwig recebia e passava sem se afetar pelo vento, Ágatha e Bárbara sofriam para fazer o mesmo.
No primeiro set, a disputa foi decidida quando as alemãs abriram três pontos de vantagem. A deixadinha do ataque brasileiro não funcionava, o saque passou a ser forçado demais e Ágatha não estava conseguindo resolver no bloqueio. As alemãs, com alguma tranquilidade, venceram por 21/18.
A derrota parcial mexeu com as brasileiras, que passaram a arriscar mais e mais. Foram, ao todo, mais de dez erros de Ágatha e Bárbara na partida, quantidade que acabou por decidir o placar. Com ainda mais folga que no primeiro set, Ludwig e Walkenhorst fecharam o segundo set por 21/14.
A prata deixa o Brasil com 12 medalhas na Rio 2016 (três ouros, cinco pratas e quatro bronzes). Com poucos dias de competição, o país precisaria de uma arrancada inesperada para chegar ao top 10 no número de medalhas, meta imposta pelo COB antes dos Jogos. Hoje, a última no clube seleto é a Coreia do Sul, com 16.
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