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Suspeito de queimar crianças era investigado por armazenar pornografia infantil

Campo Grande News em 24 de Janeiro de 2024

Jardim MS News

Suspeito de atear fogo em crianças quando foi preso pela Polícia Militar em Nioaque

Morto a tiros após reagir a abordagem policial, na madrugada desta quarta-feira (24), em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, Lucas Cáceres Kempener, de 24 anos, era investigado por armazenar pornografia infantil. Ele é apontado como autor de incêndio a uma residência que deixou duas crianças, de 3 e 11 anos, gravemente feridas, em 08 de dezembro do ano passado.

Após incendiar a casa da ex-companheira, Lucas chegou a ser preso no dia seguinte, mas conseguiu liberdade provisória. A ex, mãe das crianças queimadas, contou para a polícia que terminou o relacionamento ao ver pornografia infantil no celular de Lucas. Também sofreu ameaças de morte por ele, que não aceitava o término.

"Relatos indicam que o suspeito invadiu a residência por três vezes, cometendo atos de extrema crueldade, como o assassinato do cachorro das vítimas", diz trecho da nota enviada pela Polícia Civil.

As crianças estão internadas na Santa Casa da Capital. Após o incêndio, a polícia também passou a investigar se Lucas estuprou uma das meninas, a de 7 anos. "Registro policial aponta que ele tinha antecedentes por porte ilegal de arma de fogo. Após intensa apuração, foi identificado como autor dos terríveis crimes. Também é investigado por estupro de vulnerável contra a criança de 11 anos", diz a nota.

Troca de tiros

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) estava em Sidrolândia justamente para cumprir um mandado de prisão contra Lucas. Ele foi abordado em uma oficina mecânica, na rua Aquidauana, e, segundo a polícia, reagiu com tiros. Os policiais revidaram e atingiram Lucas, que chegou a ser socorrido e levado ao hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.

Entenda

O incêndio aconteceu na madrugada de 08 de dezembro, na rua General Pinho, no bairro São Bento, em Sidrolândia. Segundo a mãe das meninas, ela saiu para o trabalho na quinta-feira (07), por volta das 23h, horário que começa o expediente em unidade de indústria de alimentos, e deixou as crianças em casa, assistindo televisão.

A mãe também relatou que a casa está equipada com câmeras de segurança, operando via Wi-Fi. Durante o expediente, ela monitorava as crianças por meio dessas câmeras e até 00h20, não observou nada anormal. Somente à 01h10, ela recebeu a notícia por meio de vizinhos.

Ao entrar na casa, o vizinho encontrou a menina de 3 anos na cama e a mais velha no sofá - as duas com os corpos em chamas. A de 11 anos ainda tinha graves ferimentos na cabeça e 70% do corpo queimado.

Durante esse período, a energia da casa foi desligada e as câmeras não registraram quem ateou fogo. Testemunhas relataram terem visto um homem saindo de um terreno ao lado da casa, subindo em uma moto estacionada em frente à residência. Outros vizinhos questionaram o homem, que alegou estar urinando e, em seguida, partiu sem prestar socorro.