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Com 4,3 mil casos, Corumbá registra uma das maiores notificações de dengue desde 2009

Leonardo Cabral em 30 de Novembro de 2023

Foto enviada do Diário Corumbaense

Eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti envolve poder público e população

Corumbá voltou a registrar grande número de casos prováveis de dengue em 2023. Segundo a Vigilância Epidemiológica Municipal, o município pantaneiro tem 4.302 casos notificados. Os dados se referem à semana epidemiológica número 47, com notificações até o dia 27 de novembro.

É o segundo maior registro em 14 anos. Em 2009, Corumbá teve 7. 282 notificações da doença. Até então, 2020 registrava 4.233 casos prováveis.

Os números são preocupantes, conforme Luciana Ambrósio, gerente de Vigilância em Saúde do Município.

“Estamos em alerta devido a esses números e à volta do período chuvoso. Quanto menos focos presentes, melhor para a nossa população. Então, a eliminação dos criadouros do mosquito é a melhor saída para prevenir a dengue. Se o manejo ambiental for realizado corretamente esses números de notificações que temos, a tendência é diminuir. Se percebe que pouco mais de 4,3 mil casos é de longe um dos mais altos que o município registra desde 2009. Precisamos atuar em conjunto com a população porque a prevenção da dengue, para ser efetiva, tem que ter essa parceria”, disse Luciana Ambrósio ao Diário Corumbaense.

Já em relação a casos positivos da doença, Corumbá tem em 2023 pouco mais da metade das notificações, totalizando 2.192 pessoas diagnosticadas com dengue, sem óbito. Quadro bem diferente de 2022, quando foram 800 notificações e 158 positivos para a doença, também sem morte.

Mutirão neste sábado

Para frear a crescente de casos notificados, são realizados mutirões de limpeza em bairros, pelos agentes de endemias.

No sábado, 02 de dezembro, as equipes estarão no bairro Popular Velha, das 07h às 12h.

Dengue

Especialistas dizem que 10 minutos ao dia, são suficientes para cada morador olhar a sua residência e os quintais e eliminar os locais que servem como criadouro, evitando que o mosquito se prolifere nesses locais, principalmente com água parada, como em pneus, garrafas de vidro, acúmulo de lixo entre outros.

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti. Por isso, as autoridades em saúde reforçam a importância de a população ser um aliado das ações de prevenção.

Os principais sintomas são febre alta; dores musculares intensas; dor ao movimentar os olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

“Ao sentir sinais característicos da dengue procurar o mais rápido uma Unidade Básica de Saúde aonde é feito o primeiro atendimento. Já em casos de sinais de alarme, a pessoa pode procurar o pronto-socorro ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação médica”, indica Ambrósio.

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