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Operação contra "gatos" de energia surgiu após divergências no consumo

Rosana Nunes em 21 de Junho de 2023

Divulgação/Polícia Civil

Equipes em um dos pontos fiscalizados nesta quarta-feira

Pelo menos 45 unidades de consumo foram mapeadas pela Operação Blackout, deflagrada nesta quarta-feira(21) pela 1ª Delegacia de Polícia Civil, com apoio da Unidade Regional de Perícias e da Energisa, para identificar fraudes em medidores de energia elétrica de residências e estabelecimentos comerciais de Corumbá.

Foram mobilizados 14 policiais civis, 02 agentes da Polícia Científica, 06 peritos criminais e 40 funcionários da concessionária de energia elétrica. 

De acordo com a Polícia Civil, após investigações do Núcleo Regional de Inteligência, com base em dados da Energisa, foram constatadas divergências de informações sobre o consumo, levando as equipes aos imóveis para vistoria dos medidores de energia elétrica. Nesta primeira fase da operação, em sete imóveis, foram constatadas as fraudes pela perícia oficial e os responsáveis conduzidos à 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá.

O delegado titular da DP, Elton Alves de Sá Junior ressaltou que furto de energia tem pena de 2 a 8 anos de reclusão, em caso de condenação, e pagamento de multa, conforme os artigos 155 e 171 do Código Penal brasileiro. Além disso, pode causar acidentes fatais por conta das ligações clandestinas, provocando incêndios e explosões.

Outro fator destacado é que grande parte do prejuízo com as fraudes é direcionado mensalmente aos demais consumidores, que acabam arcando com parte do custo inerente à reposição das perdas decorrentes destas ligações clandestinas, que chegam a 175 milhões de reais no Mato Grosso do Sul e encarecem a conta em até 10%, conforme autorização da agência reguladora do setor, a Aneel.

A Agência Nacional de Energia Elétrica estima que as fraudes no Brasil são gigantescas, representando mais de 31,5 mil gigawatts, o que pode sustentar imóveis em grande parte de Mato Grosso do Sul.

Com informações da Polícia Civil.