Rosana Nunes em 02 de Maio de 2022
A Polícia Militar foi chamada e os dois irmãos foram para a Delegacia de Polícia Civil. De acordo com o boletim de ocorrência 1895/2022, apesar das imagens, a acusada negou os maus-tratos, disse que cuida da mãe e está "exausta" pelo papel desempenhado. Também não foi constatada lesão aparente na idosa.
O registro policial informa que a suspeita e o irmão dela foram ouvidos e depois de assinarem termo de compromisso, foram liberados. Porém, o denunciante afirmou ao Diário Corumbaense que não prestou depoimento e enquanto a irmã estava na delegacia, ele foi retirar a mãe da casa. "Quando voltei, já tinham liberado ela. É revoltante isso", afirmou. Depois que deixou a delegacia, a mulher foi até a residência do irmão e tentou arrombar o portão a chutes e com uso de uma alavanca.Embora seja conhecido na cidade, o filho da idosa pediu para não ter o nome divulgado. Ele contou que há algum tempo, a acusada não deixa os irmãos terem contato com a mãe. "Mas nós já tínhamos recebido informações de maus-tratos e nesse domingo (01), consegui confirmar o fato", explicou ao ressaltar que está pedindo medida protetiva para a idosa e que acionou o Ministério Público. A vítima está na residência dele, sob cuidado de familiares.
Investigações vão prosseguirProcurado pela reportagem, o titular da Delegacia da Infância, Juventude e do Idoso, delegado Willian Rodrigues, disse que vai dar prosseguimento às investigações. "O delegado plantonista, com as informações que ele tinha naquele momento, classificou o crime como maus-tratos contra idoso, de menor potencial ofensivo. Ela assinou um termo de compromisso e foi liberada. Só que nada impede de haver mudança nessa classificação. Com as investigações, busca por mais circunstâncias, o crime cometido pode mudar. Pode ser violência psicológica, um crime de tortura... Então, a gente vai investigar para apurar todas as circunstâncias e ao final da investigação, definir qual crime foi cometido", concluiu.
De acordo com o Estatuto do Idoso, a pena para lesão corporal de natureza grave, varia de 1 a 4 anos, em caso de condenação.
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