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Saúde alerta para combate ao Aedes aegypti; em 2021 foram mais de 3,5 mil notificações de dengue

Leonardo Cabral em 04 de Janeiro de 2022

Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense

Foram mais de 3,5 mil notificações e 1.677 casos positivos de dengue em 2021

Com o período de chuvas, a atenção tem que ser redobrada por parte da população, para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya, doenças que podem levar a óbito.

Com menos registros que em 2020, quando Corumbá enfrentou uma epidemia, com pico nos primeiros meses do ano, antes mesmo da pandemia da covid-19, mas não tão tranquilo, em 2021, foram mais de 3.589 notificações e 1.677 casos de dengue confirmados.

Número inferior aos confirmados em 2020, quando Corumbá contabilizou 2.108 positivos, por exames laboratoriais e vínculos epidemiológicos. Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado no último dia 30 de dezembro.

Em 2021, duas mulheres, uma de 29 e outra de 52 anos, perderam a vida para doença. Os óbitos foram registrados em janeiro e março. Em 2020, foram contabilizados quatro mortes.

O bairro Cristo Redentor foi o que mais registrou casos de dengue no ano passado, foram 252 positivos; a região central, 211;  Aeroporto, 162 e Maria Leite, 151. Alguns bairros aparecem sem casos da doença, como o Industrial. Em toda a área rural de Corumbá, foram 14 casos positivos. As mulheres foram as mais notificadas com a doença, representando 57%, enquanto os homens, 43%. As pessoas na faixa etária dos 20 aos 29 anos, foram as mais notificadas, com 861.

Pelo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, Corumbá permanece na bandeira vermelha para a dengue. Ou seja, apresenta alta incidência, acima de 300 casos por 100 mil habitantes.

Combate ao mosquito vai além da conscientização

O principal “soldado” nessa luta travada contra o Aedes aegypti é a população. Se cada um fizer a sua parte, mantendo todos os cuidados necessários, é possível “frear” os registros da doença já neste início do ano. Mas na prática, a situação é bem difícil.

Em toda a cidade, há locais que servem como criadouro do mosquito, que se prolifera dentro das casas, nos terrenos baldios e imóveis abandonados. Sem contar que janeiro, é um mês em que se registra mais chuva e isso acaba sendo propício para a proliferação do mosquito transmissor, considerado doméstico.

Especialistas dizem que dez minutos ao dia, são suficientes, para cada morador olhar a sua residência e os quintais e eliminar os locais que sirvam como criadouro, evitando que o mosquito se prolifere nesses locais, principalmente com água parada, como em pneus, garrafas de vidro, acúmulo de lixo entre outros.

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti. Por isso, as autoridades em saúde reforçam a importância de a população ser um aliado das ações de prevenção.

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