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De “fantasmas” a desvios, operação investiga seis anos de suposto esquema milionário

Campo Grande News em 08 de Junho de 2021

Divulgação/PF

Força-tarefa da PF, CGU e Receita Federal em frente ao TCE nesta terça-feira

Com alvos no TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado), a operação Mineração de Ouro investiga suposto esquema de contratação de funcionários "fantasmas" na Corte Fiscal e desvio de verbas públicas. Conforme o MPF (Ministério Público Federal), a suspeita é de que o esquema tenha movimentado valores milionários nos últimos seis anos.

“As investigações já realizadas apontaram indícios de participação de membros do TCE/MS em um esquema ilícito de desvio de verbas públicas. Dentre outras suspeitas, o MPF e Polícia Federal apuram se foram proferidas decisões no âmbito da Corte de Contas para favorecer integrantes da organização criminosa. Já há evidências, também, da existência de um esquema de contratação de funcionários fantasmas no TCE/MS, para beneficiar pessoas ligadas aos conselheiros investigados. Há suspeita de que o esquema tenha movimentado valores milionários entre 2015 e 2021”, informa nota do MPF. O total não foi divulgado.

A operação investiga a participação de três conselheiros do Tribunal de Contas do Estado em organização criminosa que fraudava licitações. Os alvos foram os conselheiros Waldir Neves, Osmar Domingues Jeronymo e Ronaldo Chadid.

A apuração dos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro começou após ligações interceptadas na operação Lama Asfáltica.

De acordo com a Receita Federal, há suspeita de irregularidade na apreciação e julgamento de processos relativos à empresa detentora da concessão dos serviços de coleta de lixo e de tratamento de resíduos sólidos em Campo Grande.

Segundo a CGU (Controladoria-Geral da União), as buscas são para esclarecer a possibilidade de venda de decisões, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e contratação de funcionários “fantasmas”.

O nome da operação é Mineração de Ouro por haver indícios de que a aquisição de direitos relacionados à mineração tenha sido utilizada para lavagem de dinheiro. O TCE ainda não se manifestou sobre a operação, mas deve divulgar nota no decorrer do dia. A reportagem não conseguiu contato com os citados.

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