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Mobilização nacional protesta contra fechamento de agências e demissões de funcionários do Banco do Brasil

Leonardo Cabral em 29 de Janeiro de 2021

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Agência funciona normalmente, porém atendimento interno só para serviços emergenciais

Mesmo com A paralisação nacional, que acontece nesta sexta-feira, 29 de janeiro, funcionários da agência do Banco do Brasil, em Corumbá, localizada na rua Treze de Junho, Centro, não aderiram à mobilização. Foi o que informou ao Diário Corumbaense, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Corumbá.

Rosemeire Neves da Silva, secretária geral da entidade sindical, afirmou que há atendimento presencial, porém, ressaltou que somente entram na agência, clientes que necessitam de atendimento emergencial. Já os caixas de autoatendimento funcionam normalmente. 

“Estamos fazendo a entrega de carta aberta à população. Nela, há explicação sobre a paralisação nacional”, falou Rosemeire. A mobilização é contra o pacote de reestruturação que a direção do banco anunciou. Dentro do pacote de reestruturação, estão previstos o fechamento de centenas de agências, postos de atendimento e escritórios, além da demissão de 5 mil funcionários em todo o País, por meio de adesão voluntária.

Conforme o Sindicato dos Bancários, a mobilização foi discutida e organizada em sindicatos de norte a sul do Brasil. A categoria alega que a reestruturação não foi discutida com os funcionários e seus representantes.

Confira a carta aberta à população sobre o "desmonte do Banco do Brasil"

O ano de 2021 começou com o anúncio da direção do Banco do Brasil de um plano de reestruturação que prevê o fechamento de agências e outras unidades, além de um Plano de Demissões Voluntários (PDV) que tem por meta dispensar 5 mil trabalhadores do banco, entre outras medidas que prejudicam os funcionários e o atendimento ao público.

A direção do Banco do Brasil quer fazer mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios. Serão centenas de agências fechadas, muitas delas em cidades do interior do país que não dispõem de outras instituições bancárias. Outro ponto do plano é a meta de dispensar 5 mil funcionários, agravando ainda mais o atendimento à população.

Lembramos que essas medidas são anunciadas em meio a uma pandemia que cresce a cada dia, na qual o desemprego é uma crueldade que atingirá milhares de bancários e outros trabalhadores que prestam serviços nas agências e outras unidades do banco.

O que está por trás dessas medidas é o desmonte do Banco do Brasil, um banco público que tem um papel histórico no desenvolvimento econômico do país. O Banco do Brasil e seus funcionários atuaram na linha de frente no atendimento à população durante a pandemia, com todas as dificuldades que a falta de estrutura da instituição trouxe para nosso trabalho. A população será prejudicada de diversas formas com essa reestruturação. Uma delas é a redução dos caixas executivos, que vai afetar diretamente o serviço de atendimento ao público.

O Banco do Brasil é um banco público ameaçado por um governo que leva o país a uma situação desesperadora. É parte dos serviços públicos que prestam serviços essenciais à população, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e o ensino público e gratuito do nível básico ao superior. É o serviço público que atende à população mais carente e que está ameaçado pelo atual governo.

Os funcionários do Banco do Brasil não vão aceitar essa arbitrariedade da direção do banco. Estão dispostos a iniciar um calendário de lutas que não descarta a greve como ferramenta para barrar esse ataque ao BB. Convocamos a população a protestar contra essa reestruturação do Banco do Brasil, que aumenta o desemprego e piora o atendimento, uma reestruturação que faz parte de um plano maior de desmonte geral do serviço público no Brasil.

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Corumbá

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