Leonardo Cabral em 17 de Maio de 2024
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Jorcinei se entregou na quinta-feira (16), na Delegacia de Polícia Civil
O corpo foi encontrado no dia 03 de maio em estado de decomposição, na casa da vítima. Elionai Martins Silva, de 18 anos, foi preso em Campo Grande, confessou a autoria do crime. Ele teria um relacionamento com Reginaldo, que era servidor estadual lotado na Unei Pantanal.
De acordo com o delegado, Jean Castro, titular do Cartório de Homicídios da 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá, responsável pelo caso, Jorcinei se apresentou com uma advogada e permanecerá preso preventivamente.
Em depoimento à autoridade policial, ele negou participação na morte de Reginaldo, mas admitiu que ajudou na subtração dos bens da vítima.
“Disse que Elionai, após a vítima morrer, foi até ele e ofereceu um dinheiro para ajudar na remoção de itens da casa de Reginaldo. Ele disse que só ficou sabendo que a vítima havia morrido quando entrou na casa e viu o corpo. Afirmou que não conhecia Reginaldo”, falou ao Diário Corumbaense o delegado Jean Castro.
Ainda conforme Jorcinei, a vítima estava caída no chão, com nó de gravata e lençol no pescoço. “Contou que Elionai teria dito a ele, que fez isso, porque Reginaldo, por motivos de ciúmes, de uma foto no Facebook, em que estava Elionai e outro homem, teria lhe agredido. Então, como forma de vingança acabou matando-o. Ele mencionou ainda que não ficou com nenhum bem da vítima”, contou o delegado.
Porém, Elionai, que em seu interrogatório havia admitido ter matado o servidor público, agora culpa Jorcinei. “Falou que ele é que teria matado a vítima por meio de um golpe de 'mata-leão'”, completou o delegado.
Quando o corpo de Reginaldo foi encontrado, foi constatado o sumiço de três aparelhos de TV. Um deles, foi vendido a um homem de 25 anos e recuperado pela Polícia Civil no dia 08 de maio.
Também foi recuperada a motocicleta Yamaha Factor, de cor vermelha, pertencente a Reginaldo. O motorizado foi abandonado no Porto Geral de Corumbá, um dia depois que o corpo foi encontrado.
O caso
Reginaldo Souza Gomes, de 45 anos, trabalhava na Unidade Educacional de Internação (Unei) Pantanal e foi a falta no trabalho que levou a Polícia até a residência onde morava. Ele não apareceu na sexta-feira (03), despertando preocupação de colegas.
Dois deles foram até a casa de Reginaldo, que morava sozinho, e sentiram forte cheiro vindo da residência. Vizinhos disseram que não viam o morador desde a quarta-feira (01).
Guarnição da PM abriu o portão da casa e chegou próximo ao quarto de onde exalava o forte odor, e viram Reginaldo caído no chão.
Os vizinhos ainda contaram que dois cães, que estavam na casa, eram bravos e alguém desconhecido, dificilmente conseguiria entrar na casa sem causar barulho. Não havia sinais de arrombamento no imóvel.
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