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Nioaque registra 523 milímetros de chuva em menos de um mês

Campo Grande News em 20 de Janeiro de 2021

Defesa Civil/Nioaque

Área alagada em Nioaque

Registro nunca ocorrido na história de Mato Grosso do Sul, o acumulado de chuva em um só município, Nioaque, somou 523 milímetros em menos de um mês, conforme anotado pelo pluviômetro usado pela Defesa Civil da cidade. O dado deixou incrédulo até o experiente meteorologista Natálio Abraão. “Nunca existiu. Nem em um mês”, afirmou.

Paulo Sérgio Correia dos Santos, que se apresentou como coordenador da Defesa Civil do município localizado a 179 km de Campo Grande, explica que nos últimos três dias, a cidade vem enfrentando chuva nunca antes vista mesmo - foram 369 milímetros de chuva acumulada no período. De cima, Nioaque parece quase toda alagada. 

“Mas é uma coisa inédita para a gente também. A água está chegando onde nunca havia chegado, nunca chegou no concreto da ponte, invadiu casa que nunca teve relato de alagamento. Por isso, a população está tão assustada”, detalha.

Nesta quarta-feira (20), o rio Nioaque subiu 9 metros além do nível normal, ainda segundo a Defesa Civil. Hoje, já baixou 5 metros. A água chegou a cobrir casas até o telhado.

Sobre qualquer possibilidade de erro nas medições do equipamento, Paulo Sérgio diz que por se analógico, o pluviômetro não é tão preciso quanto os digitais, mas que a Defesa Civil nunca teve problemas com as informações ali anotadas. “Estamos seguindo criteriosamente o que vemos no pluviômetro”.

Emergência

Defesa Civil/Nioaque

Prefeito Valdir Júnior (PSDB) percorreu as áreas alagadas de barco

Diante do cenário de caos e 44 famílias desalojadas, a Prefeitura de Nioaque decretou emergência. “Segundo a Defesa Civil, do começo do mês de janeiro até hoje (19), já choveu em Nioaque mais de 500 mm. As famílias que tiveram que se deslocar estão recebendo apoio da Assistência Social e as demais secretarias também estão envolvidas nas ações”, diz nota publicada no site da administração municipal.

Ainda conforme a o texto, o decreto visa “dar mais agilidade para as ações da prefeitura no enfrentamento do problema, considerando os danos em vias públicas, residências, pontes e estradas rurais”.

De acordo com Homero Freitas, secretário municipal de obras, os prejuízos ainda estão sendo contabilizados e dados confirmados para relatórios. Ontem, o prefeito Valdir Júnior (PSDB) percorreu as áreas alagadas de barco.

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