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Anvisa diz que suspensão dos testes da Coronavac foi "técnica" e baseada na falta de informações

G1 em 10 de Novembro de 2020

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse nesta terça-feira (10) que a decisão de suspender os testes da CoronaVac foi "técnica" e baseada no fato de as informações repassadas pelo Instituto Butantan serem “insuficientes” e “incompletas”.

 

A causa morte do voluntário da Coronavac foi suicídio. A informação foi divulgada pelo UOL e pelo Estadão e confirmada pela TV Globo no início da tarde desta terça-feira (10).

 

O diretor-presidente da Anvisa disse que ainda aguarda dados completos e que a suspensão está mantida até que todas as informações sejam prestadas. Torres afirmou que os testes só serão retomados após uma análise do caso por um comitê internacional independente de segurança.

 

"Documentos claros, precisos e completos precisam ser enviados a nós, o que não aconteceu", disse Torres. "O que recebemos ontem não nos dava nenhuma outra alternativa."

 

Mais cedo, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que "todos" os dados foram fornecidos à Anvisa. “O efeito adverso grave (...) não tem relação com a vacina. Não podemos dar detalhes a vocês porque isso envolve sigilo. (...) O que eu afirmo a vocês é que esses dados estão todos nas mãos da Anvisa, estão todos fornecidos à Anvisa”, declarou. 


Informação sobre o suicídio


Durante a entrevista nesta tarde de terça, o diretor-presidente da Anvisa foi perguntado se o Butantan informou que a causa da morte do voluntário foi suicídio.

 

"Objetivamente, não havia essa informação (sobre o suicídio) dentre as que recebemos ontem. Quanto a questão de ouvir ou não o Instituto Butantan, não é atribuição da agência tomar essa decisão", disse Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa.

 

Torres afirmou que não era função da Anvisa procurar novamente o Butantan, e que as informações completas precisam ser enviadas pelos canais oficiais por um comitê independente. O diretor-presidente da Anvisa citou como exemplo o trâmite realizado pelos desenvolvedores da vacina de Oxford, que acionaram o comitê e teriam enviado os dados de forma completa para reverter a suspensão adotada em setembro.

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