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Bloqueio na Bioceânica entra no segundo dia na fronteira com Corumbá

Leonardo Cabral em 06 de Novembro de 2020

Diário Corumbaense

Na Bioceânica, em Puerto Suárez, manifestantes bloqueiam estrada que liga o país a Corumbá, no Brasil

Cumprindo determinação do Comitê Cívico Pró Santa Cruz, o bloqueio na estrada bioceânica segue nesta sexta-feira, 06 de novembro. Os manifestantes interditam a rodovia na cidade de Puerto Suárez, um dos municípios localizados na fronteira com Corumbá. Já na divisa dos dois países, no Posto Esdras, o tráfego é normal.

O tráfego de veículos, do setor de transporte pesado, de passeio, comércio e ônibus de viagens, são impedidos de circular pela estrada, nos dois sentidos. O bloqueio começou à zero hora de quinta-feira (05) e deve se encerrar hoje. O Comitê exige uma auditoria nas eleições presidenciais e o adiamento da posse do presidente eleito Luis Arce, marcada para domingo (08) por suposta fraude no pleito.

San Ignacio de Velasco está isolado. As diferentes estradas de entrada e saída para Santa Cruz e que dão acesso até o Brasil, por Corumbá estão bloqueadas. Os moradores das cidades que fazem parte dessa região, em conjunto com a União da Juventude Velasquina, assumiram o bloqueio das rotas.

Reprodução/ El Deber

Bloqueio acontece em vários pontos de entrada e saída em Santa Cruz

Já na cidade de Santa Cruz de La Sierra, a sexta-feira amanheceu com as ruas bloqueadas. A cidade, destino de muitos turistas que visitam a Bolívia, é considerada uma das mais populosas e atrativas do país andino.

As ruas, especialmente no centro da cidade, parecem desertas. No entanto, em bairros remotos como Plan Tres Mil e o km 6 do double para La Guardia, há lojas e mercados abertos, táxis, mototáxis e ônibus prestando serviço.

Antes das 08 horas, o presidente da Comissão de Santa Cruz, Rómulo Calvo, qualificou a greve departamental de avassaladora e agradeceu à população o apoio a esta medida, que tem como principal objetivo manifestar a rejeição dos cidadãos às últimas eleições presidenciais de as irregularidades detectadas. Eles insistem em uma auditoria do processo, especialmente dos cadernos eleitorais.

Para Calvo, “estamos em momentos muito críticos de nossa vida democrática”, por isso exige que a presidente Jeanine Áñez “ordene uma auditoria e suspenda a mudança do comando presidencial”. Ele lembrou que a integrante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosário Baptista, enviou carta à OEA para solicitar a auditoria dos cadernos eleitorais.

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