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Segunda fase da Operação Cornucópia investiga desvios de mais de R$ 60 milhões na Prefeitura de Corumbá

Rosana Nunes em 15 de Outubro de 2020

Divulgação/PF

Policiais federais cumprem mandados nas residências de investigados

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta, 15, a Operação Cornucópia II, que investiga um esquema de desvios de recursos públicos na Prefeitura de Corumbá, entre o final da primeira e na segunda gestão do ex-prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (falecido em 2017), a partir de 2008. A primeira fase da operação, realizada pela PF e Ministério Público Estadual, aconteceu no dia 13 de novembro de 2013, após um ano de investigação. 

Desta vez, cerca de 30 policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão, sendo seis em Corumbá e um em Campo Grande, nas residências dos indiciados que, segundo a PF,  integravam o grupo investigado. Não há mandados para serem cumpridos na Prefeitura. 

A investigação revelou que o esquema consistia no aumento ilegal da folha de pagamento de servidores cooptados pelo grupo com consequente aumento na margem para contratação de empréstimos consignados. Os empréstimos eram aprovados e, posteriormente, os valores eram sacados na rede bancária e repassados à cúpula do grupo, gerando prejuízo aos cofres públicos. A equipe de investigação apurou que o montante obtido ilegalmente tenha alcançado mais de R$ 60.608.424,58. De acordo com a PF, os alvos da operação responderão pelos crimes de peculato e associação criminosa.

O nome da operação, Cornucópia, é o símbolo da abundância na mitologia grega e faz alusão à riqueza supostamente obtida pelos envolvidos, além da abundância de recursos públicos disponibilizados de forma ilícita. Com informações da Polícia Federal.