Leonardo Cabral em 03 de Outubro de 2020
Foto enviada ao Diário Corumbaense
Populares enfurecidos na frente da delegacia antes de atearem fogo no início da noite de ontem
O fato aconteceu onze dias depois que uma delegacia de polícia, em Puerto Suárez, cidade vizinha, ficou destruída, depois que alguns moradores incendiaram o prédio, além de veículos. Em Puerto Quijarro, o alvo foram as instalações da Força Especial de Combate ao Crime (Felcc).
Conforme o jornal El Deber, a Polícia não descarta que este novo atentado tenha participação das mesmas pessoas envolvidas no incidente em Puerto Suárez.
Todos que estavam detidos na delegacia de Puerto Quijarro foram retirados antes que o grupo ateasse fogo. Eles estariam cobrando a investigação do assassinato de um mototaxista, ocorrido no início desta semana.
O Diário Corumbaense apurou que um homem que teria comprado a moto da vítima estava detido, mas ele se recusava a revelar de quem comprou o motorizado. Isso enfureceu o grupo de pessoas que quer a identificação e prisão do autor do crime.
Os manifestantes jogaram pedras e incendiaram a sede da Felcc, além de dois veículos da Polícia que estavam no pátio. Ninguém se feriu. Sobre o caso, o Comando da Polícia de Santa Cruz determinou a mobilização imediata de seus agentes na tentativa de identificar os responsáveis pelo ataque ao órgão policial.
Delegacia de Trânsito
No dia 23 de setembro, a Delegacia de Trânsito de Puerto Suárez foi completamente destruída, depois que moradores incendiaram o local. Eles pediam justiça pelas mortes de três pessoas atropeladas por um policial que estava bêbado e de folga. A revolta aconteceu depois que policiais, supostamente, tentarem dar cobertura ao colega, autor do crime. Revoltados, moradores da cidade fronteiriça foram para a frente da delegacia e atearam fogo no prédio e veículos. A delegacia da Diprove também foi atingida.
Esse é o segundo ataque em Puerto Quijarro, que teve delegacias incendiadas por populares. A primeira aconteceu em 2014, por causa da morte do comerciante Mario Parada Ajala, de 46 anos. A sede e veículos da Polícia Nacional foram incendiados por um grupo de pessoas que se revoltaram com o caso no dia 31 de outubro daquele ano.
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