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Grupo de amigos arrecada R$ 820 para pedreiro que perdeu pagamento no caminho para casa

Leonardo Cabral em 01 de Outubro de 2020

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

O bombeiro Faldin (à direita) entregando o dinheiro arrecadado ao pedreiro

Comovido com a história de José Vicente Simão, mais conhecido como “Deda”, de 59 anos, que ao receber o pagamento de R$ 600,00 pelo serviço feito em uma obra, acabou perdendo o valor durante o trajeto para casa, um grupo de amigos se uniu para ajudar o pedreiro. 

Ele perdeu o dinheiro na quarta-feira (30) e em menos de 24h, a “força-tarefa”, por meio do uso da tecnologia, devolveu a alegria ao trabalhador, que vai utilizar o dinheiro para viajar e rever os pais, idosos, debilitados e que vivem aos cuidados de uma irmã, na cidade de Sete Quedas. Já são dois anos sem vê-los.

A entrega do valor foi na tarde desta quinta-feira, 01 de outubro. Encabeçadas pelo cabo do 3° Grupamento de Bombeiros, Flávio Faldin, a boa vontade e solidariedade de alguns amigos rendeu mais do que o esperado. Foram repassados ao seu “Deda”, R$ 820,00.

“Não poderia ver essa preocupação pelas redes sociais de um trabalhador e ficar de braços cruzados. Quando vi a postagem na página social, resolvi agir rápido. Primeiro conheci a real história e após saber de tudo e para que o valor seria usado, comecei a convocar alguns amigos em um grupo de WhatsApp e, então, chegamos ao valor. Cada um contribuiu com o que realmente podia. Uns mais, outros menos, mas com o objetivo de ajudar sem esperar nada em troca”, explicou Flávio ao Diário Corumbaense.

Pessoas que não conhecia

Emocionado com a atitude do grupo de amigos, ao receber o dinheiro, "Deda"  agradeceu a atitude lembrando ainda que são pessoas que ele jamais viu na vida, mas que se comoveram e não pensaram duas vezes em ajudá-lo.

“Que esse exemplo possa ser seguido por muitos em outras ações, com pessoas que precisam. É muito emocionante sim. Fico muito grato e que Deus possa abençoar a todos os envolvidos, pois ajudar sempre faz o bem”, falou José Vicente.

Ele contou a este Diário que perdeu o dinheiro na tarde de ontem, quando voltava para sua casa de apenas um cômodo, no bairro Aeroporto. Ao receber o valor, guardou no bolso de trás da calça.

“Estava na obra quando recebi o dinheiro e coloquei no bolso da calça. Peguei minhas coisas e uma escada que tinha usado para trabalhar e vim embora. Porém, no meio do trajeto o dinheiro caiu, não senti nada. Só fui dar falta quando cheguei em casa e percebi que não estava mais no bolso”, relembrou “Deda”.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Com o dinheiro em mãos, "Deda" disse que viajará para rever os pais até segunda-feira

Ao ver que tinha perdido o dinheiro, o pedreiro fez buscas, mas não encontrou. Horas depois, recebeu ligação da filha, que mora em São Paulo, e contou o que havia acontecido.

“Eu estava triste, pois o dinheiro que estou juntando é para viajar e rever meus pais, minha mãe de 82 anos e pai, de 86 anos. Eles estão bem debilitados. Contei para minha filha e logo ela teve a ideia para que eu publicasse na internet, mas disse a ela que não iria fazer, pois não sabia mexer com isso. Então, de lá da casa dela, ela publicou e para minha surpresa, muitas pessoas começaram a comentar e dizer que iriam ajudar”, mencionou José Vicente.

Agora é arrumar as malas e partir para a cidade sul-mato-grossense de Sete Quedas. “No mais tardar até segunda-feira próxima, devo viajar. Não imaginava passar pelo que passei, mas agradeço mais uma vez a boa vontade desse grupo de amigos. Não tenho palavras para descrever a emoção que estou sentindo”, afirmou.

Mensagem

“Deda”, apesar de todo apuro que teve ao perder o dinheiro, fez questão de deixar um recado para quem encontrou o valor perdido.

“Espero de coração que a pessoa que encontrou o dinheiro faça bom uso dele, que sirva para ajudar e que não gaste à toa, com besteiras, pois nesses últimos meses a situação está difícil para todo mundo”, finalizou o pedreiro.

Comentários:

Maurílio Luiz Mendonça : Que Deus abençoe essas pessoas...

Diego Virreira de Souza: Se eu fosse a pessoa que tivesse achado, e visto agora de quem era, eu devolveria, mesmo q tivesse gastado, faria de TD pra repôr e devolver.

Claudia velasques castro: Ai q linda atitude, de qm se propos a ajudar e d qm recebeu é disso q precisamos nesses tempos difíceis empatia...Q o Senhor possa cada vez mais transformar os nossos corações.

chiara porfirio de oliveira: Isso que é ser cristão,os colegas o ajudaram no momento de necessidade!!

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