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Presidente interina da Bolívia renuncia à candidatura para evitar vitoria do partido de Evo

Leonardo Cabral em 18 de Setembro de 2020

Reprodução/ El Deber

Añez anunciou que não disputará mais as eleições de 18 de outubro

Por meio de mensagem em rede nacional, a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez anunciou a renúncia de sua candidatura às eleições de 18 de outubro, na noite de quinta-feira, 17 de setembro.

Acompanhada de Samuel Doria Medina, companheiro de chapa, a presidente garantiu que estava tomando essa decisão "pelo bem maior", para não dispersar o voto do bloco antimastista que poderia levar o MAS, partido do ex-presidente, Evo Morales, que hoje está refugiado na Argentina, a vencer no primeiro turno.

Áñez havia anunciado sua candidatura à presidência no dia 24 de janeiro, em meio a críticas de seus opositores e ex-aliados, que exigiam que cumprisse o papel de presidente provisório e garantisse a realização das eleições. Poucos dias depois, ela anunciou Samuel Doria Medina como seu companheiro de chapa através da aliança Juntos, que reuniu democratas, Unidade Nacional e forças locais como Sol.Bo e Unidos de Tarija.

As primeiras pesquisas deram a Áñez uma porcentagem promissora de votos, mas então veio a pandemia do coronavírus, o adiamento das eleições e os múltiplos problemas de gestão que a desgastaram gradualmente.

Na última pesquisa de intenção de votos, divulgada quarta-feira (16), Jeanine Áñez ficou em quarto lugar em todo o país com 10,6%. Ficou abaixo de Luis Arce (MAS), com 40,3%; Carlos Mesa (CC), que ficou com 26,2%, e Luis Fernando Camacho (Creemos), com 14,4%.

De acordo com a evolução da migração de votos nas diferentes urnas, 60% dos votos que fossem para Áñez podem migrar para Mesa, 30% beneficiam Camacho e 10% iriam para nulos, brancos e outros candidatos. Com informações El Deber. 

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