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Suspeito de estuprar filha, homem fica em silêncio ao ser questionado por promotor

Campo Grande News em 26 de Agosto de 2020

Apontado pela polícia como principal suspeito de ter estuprado a filha de sete anos de idade que morreu na segunda-feira (24) na fronteira, o paraguaio Luis Benitez Vargas, 36, está preso.

O caso ocorreu em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. A menina foi levada ao Hospital Regional da cidade com hemorragia digestiva aguda, mas morreu antes de receber socorro. A autópsia confirmou que ela sofria violência sexual.

Quando chegava ao departamento de investigação de homicídios da Polícia Nacional acompanhado por advogado para se entregar, Vargas conversou com repórteres e disse que estava fora da cidade, trabalhando e não conseguiu comparecer ao velório e ao enterro da filha.

A ausência dele foi considerada pela polícia e pelo Ministério Público como mais um indício para reforçar a suspeita de que o próprio pai tenha estuprado a criança. Interrogado pelo promotor Álvaro Rojas, o homem ficou em silêncio. Ele vai continuar preso durante as investigações.

De acordo com o subcomissário da Polícia Nacional Francisco Talavera, Luis Vargas trabalha em lavouras de maconha na região de Sargento José Félix López, no Departamento (equivalente a Estado) de Concepción, a 200 km de Pedro Juan Caballero.

A mulher dele e mãe da criança, Reinalda Ramona Benitez, 38, foi presa ainda na noite de segunda acusada de descumprir o dever de cuidado. Ela é suspeita de acobertar a violência sexual contra a filha alegando que a menina teria se machucado ao cair da cama. O médico forense Cesar González disse que a autópsia descarta ferimento por queda e confirma a violência sexual, praticada há algum tempo.

Apesar de Vargas ser o principal suspeito, o subcomissário Francisco Talavera disse que a polícia não descarta a hipótese de a criança ter sido estuprada por outra pessoa. Os policiais investigam todos que tinham acesso à família.

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