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Em segunda fase de operação, Receita vai rastrear dinheiro que seria da venda de sentenças

Campo Grande News em 24 de Outubro de 2024

Reprodução

Receita Federal vai apurar, em 2ª fase da operação, se houve sonegações, evasão fiscal e ocultação de patrimônio

O delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva, gravou um vídeo ao lado do adjunto Henry Tamashiro de Oliveira, sobre a operação da Polícia Federal Ultima Ratio, deflagrada nesta quinta-feira (24), em Campo Grande. O titular explicou que o órgão vai atuar na segunda fase da investigação para checar se houve sonegações, evasão fiscal e omissão de patrimônio. Além disso, por onde e como o dinheiro foi encaminhado. 

“Todo esse material, inclusive com numerário em dinheiro, agora segue para uma segunda fase de investigações para que se possa identificar transações e pessoas envolvidas. Buscar responsabilização, tanto na questão tributária, com recolhimento dos tributos eventualmente não pagos, quanto o encaminhamento para as instâncias penais para responsabilização dos crimes”.

Ele ainda acrescentou que o foco da Receita Federal é na questão patrimonial e sonegação de impostos.

“O que a gente busca é identificar possíveis ganhos ilícitos com essas operações. Identificar o rastro dessas operações, qual caminho percorreu o dinheiro, se houve evasão de divisas, se houve sonegação fiscal ou se há ocultação de patrimônio”.

Zumilson Custódio explica que a operação é referente e decorrente ainda de elementos que foram colhidos na operação Lama Asfáltica e Mineração de Ouro.

“Foram busca e apreensão em 4 cidades, com objetivo de aprender documento que possam confirmar um possível esquema de venda de sentenças no TJMS. Esse esquema envolve altas autoridades, advogados, servidores e lobistas, quem articulam com eles a venda para beneficiar determinadas pessoas”.

Foram identificadas, por exemplo, situações em que o magistrado responsável pela decisão já havia sido sócio do advogado da parte interessada. A operação cumpriu 44 mandados de prisão em Campo Grande (MS), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Cuiabá (MT), com participação de 200 agentes da Polícia Federal, além de servidores da Receita Federal.

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