Portal de Notícias de MS em 19 de Agosto de 2024
Divulgação
Antã também teve as patas queimadas, além de comprometimento pulmonar
A equipe do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) que segue na região pantaneira em busca de animais que precisam de reabilitação foi avisada sobre esta segunda onça por ribeirinhos e piloteiros. Logo a PMA (Polícia Militar Ambiental) também foi acionada e mobilizou militares, uma lancha e uma viatura para auxiliar os veterinários. Foram cerca de 20 minutos de deslocamento em direção à foz do rio Paraguai até encontrar o felino.
Lá, a captura da onça-pintada foi feita com uso de zarabatana com tranquilizante, garantindo assim o conforme do animal e a segurança de todos envolvidos no resgate e transporte para Campo Grande. A chegada ao Ayty, onde recebeu o nome de Antã - forte em tupi-guarani - aconteceu por volta das 23h30, passando por atendimento .
Queimaduras nas quatro patas foram constatadas pelos veterinários, além de comprometimento pulmonar. Apesar do diagnóstico, a expectativa é de recuperação do animal, que agora faz companhia à onça Miranda e aos filhotes de veado e de anta encontrados entre Bodoquena e Bonito e que também se recuperam no Hospital Veterinário Ayty.
Ação rápida e coordenada
Os incêndios florestais que atingem o Pantanal, causados pela mudança climática, afetam consideravelmente a flora e fauna do bioma. Sendo assim, além do constante trabalho de combate ao fogo na região, a Operação Pantanal 2024 conta em seu planejamento com ações de resgate de animais que necessitem de reabilitação.
O resgate de Miranda e agora o de Antã exemplifica a colaboração eficaz entre os órgãos do Governo de Mato Grosso do Sul e demais entidades envolvidas na proteção da vida selvagem. Enquanto a PMA coordenou o acesso ao local e a segurança das equipes, o Gretap foi o responsável pelo manejo e estabilização do animal durante todo o tempo.
Fora isso, a cooperação entre as partes também garantiu a agilidade do resgate, ressaltando a urgência e importância deste trabalho que envolve, desde já, a preservação e recuperação da fauna pantaneira. Agora, Antã segue sob os cuidados da equipe do Ayty, que fica dentro do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), no Parque do Prosa, em Campo Grande. Lá, ele já está em tratamento e passará em breve por exames mais detalhados.
Ambos fazem parte da estrutura do Governo de Mato Grosso do Sul, vinculados ao Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e consequentemente à Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
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