Onça-pintada com queimaduras nas patas é resgatada próximo a Miranda

Onça-pintada com queimaduras de segundo grau nas quatro patas foi resgatada nesta quinta-feira, 15 de agosto, em uma área rural, distante 40 km de Miranda. O animal estava em condições de extrema vulnerabilidade e foi encontrado dentro de uma manilha de concreto.

A ação foi feita pela Policia Militar Ambiental (PMA); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e o Grupo de Resgate e Tratamento de Animais Silvestres (Gretap). Depois de localizada, a onça foi sedada e cuidadosamente retirada da manilha por uma equipe especializada, que rapidamente percebeu a gravidade das lesões.

Depois de receber o atendimento emergencial, o animal foi encaminhado ao Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS) em Campo Grande. A chegada na capital foi por volta das 13h30.

É uma fêmea

Segundo informações da veterinária chefe do CRAS, a onça-pintada é uma fêmea jovem, com peso aproximado de 60 kg. Ela sofreu lacerações em algumas partes do corpo e várias queimaduras nas quatro patas. Vai passar por exames e análises mais detalhadas e a expectativa é de uma recuperação breve.

Essa ação exemplifica a colaboração eficaz entre os órgãos governamentais e as entidades envolvidas na proteção da vida selvagem neste período crítico de incêndios florestais no Pantanal. A PMA garantiu a segurança do animal e das equipes, enquanto o Imasul e o Gretap forneceram o suporte técnico, com veterinários e equipamentos para o manejo e transporte do felino.

Recentemente, a PMA também esteve envolvida em outro resgate, de um filhote de anta que sofreu queimaduras devido aos recentes incêndios florestais. 

Onça-pintada

Conhecida também como jaguar, jaguaretê, onça-preta (quando melânica), a onça-pintada impressiona pelo porte, pelagem e por ser a principal predadora das florestas.

O animal, que se distribui por quase todos os biomas brasileiros, exceto no Pampa, está atualmente em 19 países da América Central e do Sul. Este dado representa 45% da distribuição de ocorrência histórica do felino, que já foi extinto em outros dois países: Uruguai e El Salvador. Nos rios do Pantanal, há maior densidade da espécie, mas também indícios de perda de habitat e caça.

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