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MPMS e IHP firmam acordo para uso de tecnologia no combate aos incêndios no Pantanal

Da Redação com Ascom IHP em 05 de Julho de 2024

Divulgação/IHP

Tecnologia faz o monitoramento para prevenção de incêndios em uma área de até 1 milhão de hectares

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul assinou acordo de cooperação técnica com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) para ampliar o uso de tecnologia no enfrentamento aos incêndios florestais no Pantanal sul-mato-grossense.

O acordo foi formalizado nesta sexta-feira (05), em Corumbá. O procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milham Junior, foi representado pelo promotor de Justiça Pedro de Oliveira Magalhães, da 2ª Promotoria de Justiça do município. 

Pelo acordo, o MPMS passa a ter acesso integral e em tempo real ao sistema de monitoramento Pantera, que é mantido pelo IHP em parceria com a startup Um Grau e Meio. Essa tecnologia utiliza de inteligência artificial para identificar sinal de fumaça e faz o reconhecimento do registro em questão de minutos. Esse processo contribui para o trabalho de prevenção e combate aos incêndios, pois consegue identificar áreas com fogo em período mais curto que o rastreamento de satélites, que demora horas para identificação.

Divulgação/IHP

MPMS passa a ter acesso integral e em tempo real ao sistema de monitoramento Pantera

Atualmente, o sistema Pantera, em operação na região do Alto Pantanal, sob a gestão do IHP, possui cinco câmeras instaladas em um território que forma um corredor de biodiversidade e engloba a Serra do Amolar. No total, essa tecnologia faz o monitoramento para prevenção de incêndios em uma área de até 1 milhão de hectares, que fica ao norte no município de Corumbá (MS), em locais remotos e sem o acesso por estradas. O sistema funciona 24 horas, sem interrupção.

O promotor de Justiça Pedro de Oliveira Magalhães destaca que o apoio tecnológico amplia as ações do MPMS. “Esse termo de cooperação firmado tem uma importância crucial no monitoramento em tempo real dos incêndios no Pantanal sul-mato-grossense. A partir desse momento, o Ministério Público Estadual passa a ter acesso a uma tecnologia avançada, que usa inteligência artificial, para identificar início de incêndios.”

O presidente do IHP, Angelo Rabelo, reforça a necessidade de união de forças para atuar na conservação do Pantanal. “O enfrentamento dos desafios para a conservação do Pantanal exige que haja um trabalho irmanado de instituições e a sociedade. O momento é de união para pensarmos na proteção de um Patrimônio Natural da Humanidade.”

O prazo de vigência do acordo de cooperação técnica está válido para os meses de julho a outubro de 2024, período considerado crítico para registros de incêndios florestais por conta da estiagem.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul atua também por meio do Núcleo de Geotecnologias (NUGEO) para identificar e monitorar os casos de incêndios no Pantanal. No levantamento de cicatrizes de incêndios florestais no Bioma Pantanal para o período de 10 de maio a 10 de junho, 8.836,35 hectares estão localizados no Mato Grosso do Sul, enquanto 3.550,79 hectares foram registrados em país vizinho. Os incêndios atingiram cerca de vinte propriedades rurais no Pantanal Sul-mato-grossense.

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