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Especialistas dão dicas de como conciliar saúde financeira e emocional neste início de ano

Da Redação com Ascom Unimed em 02 de Janeiro de 2024

Divulgação

Pessoas superendividadas têm três vezes mais chances de ter problemas graves de saúde mental

A forma como lidamos com o dinheiro impacta diretamente em nossa vida pessoal, de relacionamentos interpessoais e de saúde mental. A relação entre saúde financeira e saúde emocional é um daqueles ciclos em que é difícil saber quem veio primeiro. A pressão das contas pendentes e o impacto emocional que podem causar são desafios que merecem atenção e soluções práticas.

Segundo relatório do Money and Mental Health Policy Institute, pessoas superendividadas possuem três vezes mais chances de ter problemas graves de saúde mental. O mesmo estudo identificou que 93% das pessoas com a saúde mental abalada gastam mais do que o normal, 92% acham mais difícil tomar decisões financeiras e 74% adiam o pagamento de contas.

Segundo a psicóloga da Unimed Campo Grande, Simone Rodrigues, com o início do ano algumas contas típicas dessa época podem pesar na rotina financeira. Tendo em vista que a saúde das finanças é um dos fatores essenciais para uma boa saúde mental, o despreparo para essas contas pode gerar, além de endividamento, sentimentos de estresse, ansiedade, culpa ou insatisfação pessoal.

"Por isso, é importante além de se planejar financeiramente, desenvolver estratégias de enfrentamento a essa crise financeira. Para auxiliar nessa busca, exercícios de respiração, práticas de meditação e higiene do sono podem ser aliados na manutenção de sua saúde mental", afirma.

Ainda de acordo com a psicóloga, além da questão financeira, nesse período de fim e início de ano surgem as cobranças, as expectativas, com definições de metas para o ano que se inicia, o que pode piorar casos de estresse e ansiedade. "É importante se atentar para não almejar metas irreais, gerando frustrações e desânimo. Uma boa dica é trabalhar com pequenas metas realistas no dia a dia, para que com elas se chegue à uma meta final", sugere.

Inadimplentes

Dados da Serasa apontam que mais de 70 milhões de brasileiros estão em situação de inadimplência no Brasil. As faixas etárias com as maiores fatias da população com nome restrito são de 41 a 60 anos, representando 35%, e 26 a 40 anos, correspondendo a 34,4% do total de inadimplentes.

A educadora financeira Sabrina Mestieri Nakao dá dicas para quem está nessa situação. "Podemos sempre começar a mudar a nossa mentalidade financeira e quanto antes iniciarmos mais rápido chegarão as realizações que tanto desejamos. Este período pode ser o momento para empreender e ganhar uma renda extra para pagar as dívidas ou vender tudo o que não se usa há mais de um ano. O que não serve mais para você pode ser a realização de alguém e sua oportunidade de quitar alguma dívida ou mesmo iniciar uma mudança organizacional na vida", sugere.

Outra saída para quem está iniciando o ano cheio de dívidas é lembrar diariamente das suas metas. "Escrever, pontuar na ponta do lápis é sempre um ótimo exercício psicológico e organizacional para iniciar uma faxina financeira. Colocar no papel pode te trazer para a realidade. E também colocar no papel quais foram os piores erros e qual o próximo passo. Procurar um profissional é uma medida que não pode deixar de ser colocada em pauta. Assim como quando há dor física se procura um médico, quando há dor financeira um profissional pode ser a saída", explica.

Planejamento

A palavra chave para sair das dívidas e manter a saúde mental em dia é planejamento. "É sempre o melhor caminho, e planejar e organizar é lembrar que todos os anos temos emergências, todos os anos temos Páscoa, Natal, dias comemorativos, impostos a pagar. Ou seja, planejar é colocar tudo na ponta do lápis, inclusive datas comerciais que já sabemos que vamos gastar e impostos de épocas que já sabemos que temos que pagar. Nada é um susto senão a emergência real", afirma Sabrina Nakao.

Para a psicóloga Simone Constantino, o planejamento é um ótimo aliado para qualquer bom resultado, podendo prever possíveis dificuldades, resoluções e organizar em passos o que se deve fazer. "É claro que nem todo planejamento conseguirá ser seguido à risca, pois imprevistos acontecem no decorrer do ano, mas tê-lo é uma boa dica para saber como lidar com esses imprevistos", diz.

Como fazer? 

Para além da premissa básica, “não gastar mais do que recebe”, é importante entender quais são suas fontes de renda e gastos. A proporção ideal recomendada por educadores financeiros é dedicar 50% da renda mensal em necessidades e gastos fixos; 30% em gastos variáveis e 20% de reserva ou investimento. Como nem sempre é possível, a dica é criar um plano gradual para chegar ao equilíbrio. Vale começar economizando nos gastos variáveis e estabelecendo metas menores para reserva.

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