Leonardo Cabral em 13 de Dezembro de 2022
Uma das prisões foi em Ladário; as outras duas em Corumbá e um homem, que já estava preso, foi comunicado de mais um mandado de prisão contra ele. Boa parte das apreensões foi realizada em Corumbá, como armas de fogo, munições, dólares e chaves de carros. A operação deflagrada é coordenada em Minas Gerais pela Força-Tarefa de Segurança Pública (FTSP) em Uberaba, composta pelas Polícias Federal, Civil e Militar.
Além de Corumbá, os mais de 100 policiais cumprem 28 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão em Uberaba/MG, Franca (SP), Imperatriz (MA), Rondon do Pará (PA), Campo Grande (MS) e Ladário (MS).
A Justiça Federal também determinou o sequestro de veículos, imóveis e bloqueio de contas bancárias utilizadas para movimentar os mais de R$ 130 milhões nos últimos três anos.
Segundo a Força-Tarefa, os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, cujas penas máximas somadas podem chegar a mais de 25 anos de reclusão.
Bolívia e Corumbá na rota da quadrilha
A investigação começou em março deste ano, quando foram apreendidos em Uberaba 148 kg de cocaína transportados em meio a uma carga de minério de ferro.
Divulgação/Polícia Federal Operação cumpriu três prisões e sete mandados de busca e apreensão só em Corumbá
Segundo a Polícia Federal, os intermediadores associados a traficantes bolivianos "convocavam" motoristas de caminhões transportadores – em regra, de minério de ferro – na região de Corumbá, para que realizassem o transporte da droga no meio da carga.
No local de destino, outro núcleo da quadrilha era responsável por descarregar o entorpecente e realizar a entrega ao destinatário.
Ainda conforme a PF, a investigação também chegou a titulares de contas bancárias que eram utilizadas para movimentação dos valores referentes ao tráfico de drogas, constatando que, por meio das contas, houve movimentação de mais de R$ 130 milhões em menos de três anos.
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