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Farejadora, "Banguela" vai dar apoio aos Bombeiros em buscas a pessoas desaparecidas

Leonardo Cabral em 13 de Dezembro de 2022

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Banguela chegou aos 45 dias de vida

 O 3° Grupamento dos Bombeiros Militar de Corumbá ganhou um importante aliado para os serviços prestados na região, principalmente em operações de buscas. Trata-se da cadela farejadora Banguela, que já está na sede da corporação em processo de adaptação.

Ela chegou aos 45 dias de vida, vinda de Porto Alegre, Rio Grande do Sul e vai passar por processo de adestramento, estando apta para atividade principal em 18 meses.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Pastor belga está na sede da corporação em processo de adaptação

O cabo Jaubert e o auxiliar soldado Humberto são os responsáveis por esse período inicial de adaptação e adestramento da Pastor Belga de Malinois Black (raça do animal), que tem recebido treinamentos, com destaque para simulações de atividades de buscas por método K-SAR de venteio, quando cães são treinados para realizar a busca de pessoas utilizando o sentido do faro, audição e visão.

Ao Diário Corumbaense, o cabo Jaubert destacou a importância do apoio do animal durante as operações, principalmente, no Pantanal.

“Banguela veio para somar como uma ferramenta muito importante, já que a eficiência de um cão farejador equivale ao trabalho de 10 pessoas em uma operação de busca. Como nosso efetivo é enxuto, a presença de Banguela é de extrema importância nessas ocorrências”, explicou o militar.

O soldado Humberto, que atua como auxiliar, destaca que o processo - ainda em fase inicial -  deve culminar com a atividade de buscas por pessoas na zona rural ou urbana.

“Desde a chegada, ela tem respondido muito bem ao trabalho, tanto na parte de obediência como de buscas. Atualmente ela está com cinco meses e meio, é uma cadela muito boa, já que veio de uma genética muito bem preparada. Nosso intuito é fazer dela, um cão de trabalho voltado na atividade de busca em remanescentes mortais e posteriormente de pessoas vivas em zona rural e urbana”, explicou.

Adaptação

Ao desembarcar em Corumbá, Banguela passou pelo trabalho de ambientação, sendo apresentada ao máximo de lugares e odores possíveis, para que não se assuste quando estiver em campo com a presença de animais da região. Agora, tem realizado atividades para criação de vínculo com o condutor.   

“Essa atividade demanda bastante dedicação, porque precisa aproveitar todas as fases de crescimento e maturidade do cão. Atualmente temos passado pela atividade onde ela começa a criar vínculo com o condutor e inserindo as atividades de obediência, busca em autofiguração, quando o condutor se configura como vítima e ela começa a entender a atividade que precisa fazer”, completou. 

Canil

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Banguela estará apta para atividade principal em 18 meses

É a primeira vez que Corumbá conta com um cão desse porte no quartel do Corpo de Bombeiros. Por isso, para que a adaptação seja completa, está sendo montado um canil, que pode inclusive, receber outros animais posteriormente. 

“Ela é a pioneira. Há possibilidade, com o canil, que outros cães para esse trabalho de rastreio possam também chegar aqui para nos dar esse apoio”, revelou Humberto.  

Companheira 

O Binômio (homem/cão) Cabo Jaubert e Banguela passam grande parte do tempo juntos e segundo o militar, a família ganhou um novo membro. 

“Ela fica 24h ao meu lado e vai para a minha casa. Vamos criando esse vínculo, ela já faz parte da minha família também”, concluiu.

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