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Evacuação falha novamente; Ucrânia e Rússia trocam acusações

Uol Notícias em 06 de Março de 2022

Divulgação

Era prevista a saída de pelo menos 215 mil pessoas nos dois distritos

Pelo segundo dia consecutivo, um acordo de cessar-fogo para a retirada de civis das cidades de Mariupol e Volnovakha foi interrompido. Era prevista a saída de pelo menos 215 mil pessoas nos dois distritos, que estão cercados por militares da Rússia. 

Segundo o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko, o comboio de evacuação com moradores nunca conseguiu deixar Mariupol. "Os russos começaram a reagrupar suas forças e bombardeios pesados atingiram a cidade. É extremamente perigoso evacuar pessoas em tais condições", escreveu Kyrylenko nas redes sociais.

A informação também foi confirmada por um comunicado do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. "Em meio a cenas devastadoras de sofrimento humano em Mariupol, hoje foi interrompida a segunda tentativa de retirar quase 200 mil pessoas da cidade". Autoridades da Ucrânia e Rússia trocam acusações.

Em entrevista a uma TV ucraniana, um militar do Regimento Azov da Guarda Nacional alegou que a Rússia e separatistas continuam a bombardear áreas que deveriam ser seguras. O primeiro acordo de cessar-fogo para a retirada de civis foi encerrado ontem pelo mesmo motivo.

Um funcionário do governo separatista de Donetsk relatou à agência de notícias Interfax que a Ucrânia erra ao não prestar atenção ao período do cessar-fogo. Segundo o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko, o novo cessar-fogo teria duração de 11 horas, das 10h às 21h no horário local (ou das 05h às 16h em Brasília). Um comboio humanitário chegou a se deslocar para buscar pessoas em Mariupol.

Os corredores humanitários são áreas consideradas seguras, pelas quais civis poderão escapar. A expectativa do governo da Ucrânia era retirar 15 mil pessoas de Volnovakha e 200 mil pessoas em Mariupol, uma cidade de 450 mil habitantes.

Seriam disponibilizados ônibus municipais para o deslocamento de civis até a cidade de Zaporozhye. A retirada seria acompanhada pela Cruz Vermelha.

Ontem, o prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko, afirmou que "não há escolha a não ser sair". Sem energia elétrica, alimentos, água, gás e transportes, a cidade de Mariupol é uma dos locais mais afetados pela ofensiva da Rússia. O prefeito diz que a cidade está submetida a um bloqueio por militares russos. 

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