Operação Pantanal II desmobiliza equipes, mas segue monitorando focos de queimadas no Pantanal

Mesmo com a diminuição dos focos de queimadas que devastaram o Pantanal, o trabalho de monitoramento e combate irá prosseguir. No domingo, 18 de outubro, a chuva que caiu em Corumbá, de 27 milímetros, e a velocidade do vento chegando a 48 km/h, chegou a alguns pontos pantaneiros isolados, porém não foi o suficiente para encerrar a Operação Pantanal II.

Nesta segunda-feira (19) os efetivos do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, com 21 bombeiros e da Força Nacional, 20 militares, que somaram à força-tarefa da operação, foram desmobilizados. No entanto, para fazer o controle dos focos que ainda persistem, permanecem na região os bombeiros militares do Paraná e do Distrito Federal.

A Operação Pantanal II foi deflagrada pelo Ministério da Defesa, no dia 25 de julho, sendo coordenada pelo 6° Distrito Naval, e é uma das maiores ações coordenadas de combate a incêndios em vegetação no Estado de Mato Grosso do Sul.

A região pantaneira enfrenta estiagem prolongada e baixo nível do rio Paraguai, que somados, favoreceram à propagação dos focos de queimadas em regiões como a Serra do Amolar e na Estrada Parque.

Números das queimadas

De janeiro a outubro, Corumbá registrou quase 8 mil focos de queimadas. Ao todo, o município soma 7.947 focos de calor, liderando o ranking de municípios com mais focos de incêndios no Brasil.

Até o dia 17 de outubro, foram 1.377 focos de queimadas. O alívio veio nas últimas 48h com a chegada da chuva. A cidade pantaneira não  aparece na lista dos municípios com maior número de focos do Instituto de Pesquisas Especiais (INPE). Foram apenas 15 registros.

Os focos de queimadas, também atingiram o Pantanal de Mato Grosso. Somados os dois Estados, foram 20.879 focos de incêndios, o maior maior registro desde que o INPE iniciou o trabalho de contagem e monitoramento. Mais de quatro milhões de hectares do bioma Pantanal foram devastados pelo fogo.