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Defesa Civil interdita casa onde garoto ficou ferido após árvore cair sobre imóvel

Da Redação em 06 de Março de 2017

A Defesa Civil de Corumbá interditou a casa onde morava o menino, de 11 anos, que ficou ferido após a queda de uma árvore sobre o imóvel na noite de domingo, 05 de março, na rua Manoel Cavassa, no bairro Beira Rio. A família foi removida e será incluída no programa habitacional do município para que possa ser contemplada com moradia destinada para moradores em área de risco. A criança deixou o pronto-socorro na manhã desta segunda-feira, dia 06.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Morador da casa atingida pela árvore, pai contou que outros dois filhos não foram atingidos porque dormem na sala

“Estamos oficializando a interdição em definitivo deste imóvel, que não apresenta mais condições de moradia. A família vai para outro local, num espaço seguro. Também estamos construindo um plano de ação, dentro dos trâmites legais, para incluí-la no programa habitacional do município, para que possa ser contemplada e deixar esse local definitivamente”, disse ao Diário Corumbaense o coordenador municipal de Defesa Civil, tenente Isaque do Nascimento.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, o Município ofereceu abrigo para a família, que preferiu ir para um local cedido pela comunidade religiosa que frequenta. “Foi oferecido abrigo, uma casa de acolhimento. A família abdicou por conta de pertencer a uma comunidade evangélica que viabilizou um local para que todos ficassem. Agora vamos providenciar ajuda humanitária para dar um suporte, com alimentos e roupas”, explicou. Militares do 3º Grupamento de Bombeiros ainda trabalham para retirar a árvore do local.

Chuva forte e estrondo

Morador do imóvel, onde vive com a mulher e três filhos – que tem idades entre 5 e 11 anos –, o pescador Rodrigo de Souza Valdonado afirmou que a família concorda com a saída do casa em razão da interdição. “Não queremos mais ficar aqui, nesse lugar. Queremos sair o mais rápido possível, vivemos há quatro anos aqui. Sou pescador e estou encostado pelo INSS e pego um benefício de um salário. A gente está tendo ajuda do nosso pastor, da nossa igreja que nos conseguiu um lugar”, disse ao informar para onde irão.

Garoto teve ferimentos na cabeça e pernas, mas já teve alta médica

Ao relembrar como tudo aconteceu, Rodrigo contou a este Diário que chovia muito na hora em que a árvore caiu sobre a casa, que fica na beira de uma encosta.  “Estávamos assistindo TV, era por volta de oito da noite. Fui colocar (o garoto) para dormir, porque ele tinha aula hoje. Deitou na cama e ficamos na sala assistindo televisão. Deram uns 10 minutos e escutamos o estrondo, muito forte, da árvore caindo em cima da casa. Logo ouvimos o grito dele pedindo socorro, ele ficou prensado embaixo da árvore, no meio da cama. A árvore caiu dentro do quarto e destruiu a casa com meu filho lá dentro, caíram telha e viga em cima dele. Na hora a gente se desesperou. Chovia bastante, a luz foi embora, ficou uma escuridão e a gente não achava. Até que achamos caído no chão, com o rosto ensanguentado e perdendo sangue. O vizinho ofereceu ajuda com o carro e levamos para o pronto-socorro”, falou o pai do garoto contando que os outros dois filhos – de 5 e 7 anos – não ficaram feridos porque dormem em um beliche na sala.

Ferida na cabeça e nas pernas, a criança passou a noite em observação médica. “Ficou em repouso no pronto-socorro, saiu de lá hoje de manhã e está na casa da minha irmã. Está medicado. Não teve fraturas, machucou a perna e a cabeça”, contou o pai informando que o filho mais velho precisa tomar medicamentos.

Níveis de risco

A Defesa Civil informou que somente naquele trecho do bairro Beira Rio, onde fica a casa interditada, há o cadastro de 124 moradias em área de risco.

Militares do 3º Grupamento de Bombeiros ainda trabalham para retirar árvore do local

Desse total, 46 ficam às margens do rio Paraguai e os demais na base da encosta. No alto da encosta, no perímetro onde fica a casa atingida pela árvore, são mais 28 imóveis. Todos eles classificados pela Defesa Civil e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) como localizados em área de risco. Os níveis de risco são diferenciados, de acordo com cada moradia. São classificados riscos: baixo, médio, alto e muito alto.

 

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