Campo Grande News em 13 de Fevereiro de 2019
O ministro Ribeiro Dantas, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), reconsiderou decisão expedida há oito dias e concedeu liminar nesta quarta-feira (13) para que a vereadora Lilia Maria Villalva de Moraes Silva (MDB), de Ladário – a 419 km de Campo Grande –, presa em 26 de novembro de 2018 junto com outros seis vereadores, o prefeito afastado Carlos Ruso (PSDB) e do ex-secretário de Educação, Helder Paes, durante operação que investigou suspeitas de pagamento de um “mensalinho” a integrantes da Câmara Municipal.
Douglas Assad Arruda/Pérola News
Pastora Lilia e outros seis vereadores são acusados de receber "mensalinho"
O STJ também já foi acionado pelos outros investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que tiveram pedidos de liberdade negados pela Justiça Estadual. Entre eles, Carlos Ruso, afastado de suas funções e que, em dezembro, viu Dantas também rejeitar sua liberação.
Mensalinho
A operação do Gaeco deflagrada em novembro do ano passado em Ladário apurou a existência ade pagamentos feitos por Ruso a vereadores em troca de apoio político, em valores entre R$ 1,5 mil e R$ 3,5 mil, conforme informou à época o procurador-geral de Justiça, Paulo Passos, que foi ao município acompanhar as investigações.
Suspeita-se que as propinas vinham sendo pagas há mais de um ano. Os presos foram trazidos para o Presídio de Trânsito de Campo Grande – Lilia foi levada para o Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, também na Capital.
Também foram presos os vereadores Vagner Gonçalves (PPS), Agnaldo dos Santos Silva Junior (PTB), André Franco Caffaro (PPS), Augusto de Campos (MDB), Paulo Rogério Feliciano Barbosa (PMN) e Osvalmir Nunes da Silva (PSDB).
Em virtude das prisões, que atingiram mais da metade do Legislativo ladarense, foi necessário convocar os suplentes para que a Câmara continuasse a trabalhar.
Com a prisão do prefeito, o vice, Pastor Iranil Soares (PSDB), assumiu a administração de Ladário. Estão tramitando na Câmara Municipal três processos de cassação dos mandatos de Ruso e dos sete vereadores acusados.
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