Camila Cavalcante em 18 de Abril de 2015
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Com as quase três toneladas de alimentos, foi possível preparar 109 cestas básicas
As cestas foram distribuídas ao longo de dois dias. “Entregamos nos bairros Aeroporto, Jardinzinho, Guanã I e II e Popular Velha. É um trabalho feito com a dedicação dos alunos e observamos que eles se comovem com a situação das famílias e passam a ter uma maior consciência de seu papel na sociedade”, concluiu Adelma.
“Corremos atrás para arrecadar e hoje estamos aqui entregando esses alimentos. É bom chegar, conversar com as pessoas, ver a realidade de vida delas. Isso me emociona e me sinto satisfeita em poder ajudar. Sei que é pouco, mas é o que nós podemos fazer no momento. Receber um sorriso que seja, e poder ver que um quilo de arroz é bem vindo, é muito gratificante”, afirmou ao Diário Corumbaense a aluna Hanna Kesleyn, de 16 anos.
“Chegou no momento certo”, afirmou a dona de casa Raquel Pires, de 31 anos, após receber a doação. “Moro aqui no Guanã há 4 anos. Eu e minha família vivíamos em assentamento, mas não conseguimos nos manter somente com a roça. Tivemos que vir para a cidade. Quase todos que moram aqui na alameda têm essa história de vida e nós acabamos trabalhando em bicos; poucos aqui na região têm trabalho com carteira assinada. Então, nós nos ajudamos. Um empresta um copo de arroz ao outro, e assim vai. Essa cesta veio em boa hora, pois há vizinhos aqui que não tinham alimentos nessa semana, eu ainda tinha alguma coisa guardada no armário, mas não duraria muito”, contou.
Os próprios estudantes foram até os bairros entregar as cestas
A dona de casa Lurdes Pereira, de 55 anos, moradora do bairro Guanã há 4 anos, também se sentiu grata com as doações. “Hoje está difícil alguém se importar com o próximo. Ver que essas crianças saíram de suas casas, de suas aulas para nos ajudar é muito bom, isso nos deixa gratos e esperamos que mais pessoas possam agir como eles”, disse.
O aluno Thiago Rocha, 17 anos, tem o mesmo pensamento de dona Lurdes. Ele espera que a sua atitude e de seus amigos promova mais colaborações. “Doar nem que seja um pouco a quem necessita é bom, isso dá um sentimento de paz, tanto a quem doa quanto a quem recebe. Espero que nossa campanha, nosso projeto, estimule outras pessoas a ajudarem também. Não é difícil. É só se reunir amigos, cada um doa um pouco. Com certeza será uma atitude de renovação, que causará somente o bem”, concluiu.
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