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Operação "Fumus Malus" prende policiais acusados de corrupção em MS

Midiamax em 26 de Outubro de 2011

Nesta quarta-feira (26), a Polícia Militar e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) realizam a Operação Fumus Malus (Fumaça do Mal) que envolve a região sul do Estado.

Os policiais já cumpriram 14 mandados de prisão dos 21 decretados. Nesta operação 16 policiais militares estavam sendo procurados por envolvimento com quadrilhas de contrabando de cigarros. Destes já foram presos 12 PMs, sendo nove por força de mandados de prisão preventiva e três por prisão temporária.

Os policiais foram presos em Naviraí (03), Itaquiraí (02), Sete Quedas (01), Mundo Novo (01), Iguatemi (01) e Campo Grande (04). Estão sendo procurados pelas equipes da PM e do Gaeco o 3º Sgt PM da reserva remunerada Florisvaldo Oliveira dos Santos, Sd PM Sidarta Maciel, o Cb PM Antônio Solidade Silva e o Sd PM Flávio Inácio Geromini, todos de Naviraí. O Comandante Geral da PM, coronel Carlos Alberto David dos Santos, informa que os policiais foragidos que não se apresentarem, poderão sofrer ainda com a abertura de processo de deserção.

A operação visa desarticular quadrilhas compostas por civis e policiais militares envolvidos com o contrabando de cigarro nos municípios de Naviraí, Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Mundo Novo, Amambai, Sete Quedas, Batayporã e Campo Grande.

Participam da operação, promotores do Gaeco, policiais militares da ACI, da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe), do 14º Batalhão da Polícia Militar Rodoviário (14ºBPMRv), da Força Tática da PM do 1º, 9º e 10º Batalhão, além de auditores fiscais do Nurep.

O Comando Geral da PM informa, que da mesma forma que ocorreu na Operação Holambra, executada na última segunda-feira (24), já determinou que sejam instaurados, de imediato, mesmo antes da conclusão da apuração judicial, Conselho de Disciplina para em 30 dias verificar se a conduta desses policiais os permite permanecer nos quadros da Instituição ou se devem ser sumariamente excluídos.

"A população sul-mato-grossense precisa de uma resposta rápida da nossa Instituição sobre o envolvimento desses policiais com quadrilhas de contrabando de cigarros. Não somos e não seremos coniventes com os desvios de conduta da nossa Tropa, por isso determinei de imediato a instauração do Conselho de Disciplina" informou o Comandante Geral da PM, coronel Carlos Alberto Davi dos Santos.

Ameaças

Com o andamento das investigações, segundo pessoas próximas ao coronel Davi, policiais corruptos passaram a ameaçá-lo. Ainda segundo a fonte que não quer ser identificada, as ameaças começaram há cerca de um mês.

"As coisas estão sendo confirmadas. A polícia está analisando a extensão das ameaças. Com certeza, eles fizeram isso para intimidar o Comando a para com a ação", disse a fonte.

A fonte ainda confirmou que o grupo que vem ameaçando o coronel Davi é o mesmo que fez ameaças ao major da Polícia Militar Rodoviária Joilson Queiroz Sant'Ana há cerca de um mês. Na época, o major passou a andar escoltado por policiais da Cicgoe (Companhia Independente de Policiamento de Crises e Operações Especiais) para sua proteção.

As ameaças contra Joílson foram feitas devido às intensificações nos trabalhos de fiscalização nas rodovias contra o tráfico de drogas e o contrabando de mercadorias do Paraguai e da Bolívia.

Holambra

Desde o início desta semana, o Gaeco está realizando a Operação Holambra e prende policiais militares envolvidos com o crime organizado.

A operação é destinada a cumprir 34 mandados de busca e apreensão domiciliar, nove mandados de busca e apreensão de veículos, oito mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária.

Na segunda-feira (24), o Gaeco prendeu oito dos nove policiais militares envolvidos na denúncia de pagamento de propina que permitiria a passagem de contrabando do Paraguai. As informações são de que três militares são de Campo Grande e cinco de Sidrolândia. Um outro estaria foragido.

Segundo a polícia militar, os civis investigados foram levados para a sede do Gaeco e os policiais militares estão sendo ouvidos na Corregedoria da Polícia Militar.

Comentários:

silva: Prisão para PM e POLICIAL CIVIL deveria ser em quarteis das Forcas Armadas.