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Bispo de Corumbá diz que escolha do papa Leão XIV, foi uma "inspiração do Espírito Santo"

Leonardo Cabral em 08 de Maio de 2025

Gabriel BOUYS /AFP

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O bispo da Diocese de Corumbá, Dom João Batista de Oliveira, falou ao Diário Corumbaense, nesta quinta-feira (08) sobre a eleição do novo Papa, o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, que escolheu o nome de Leão XIV. Para Dom João Batista, a escolha foi surpreendente, mas fruto de um processo conduzido sob a luz do Espírito Santo.

“Foi um pouco surpresa, eu acho. Por tudo aquilo que foi sendo dito, pelas notícias sobre quem seria ou poderia ser o papa. O Prevost não estava nessas conversas de forma tão acentuada quanto se imaginava, mas é aquela história: sempre que se faz um processo com o coração voltado para a luz e a inspiração do Espírito Santo, as coisas acontecem”, afirmou o bispo.

Segundo ele, a escolha reflete também a inspiração divina presente na vida dos cardeais eleitores. “Acho que isso também se deve à inspiração do Espírito Santo na vida e no coração de cada cardeal, que olharam para ele como uma possibilidade de uma ‘Igreja Viva’, de continuidade. Eu, pelo menos, não o conheço muito. Li algumas coisas nos últimos dias. Pouco se colocava sobre ele, mas, pela trajetória, tem uma característica missionária, pastoral”, pontuou.

Dom João também ressaltou que o novo papa se destaca mais pela atuação prática do que pelo viés teológico, explicando que não é um intelectual, alguém que se destaca nesse sentido, mas sim como pastoralista.

Dom João também refletiu sobre o simbolismo do nome escolhido pelo novo Papa. “A gente sempre olha um pouco o que o novo papa pensa a partir do nome que ele escolhe. Ele escolheu Leão XIV. E sabemos que Leão XIII impulsionou muito a questão social da Igreja, a doutrina social, a preocupação com o mundo do trabalho, com as pessoas que possam ganhar um salário digno e viver com dignidade”, mencionou.

Para o bispo, Prevost parece seguir por esse caminho. "Acredito que, mesmo sendo único, como cada papa é, ele dará continuidade ao que o papa Francisco já tinha colocado como princípio e fundamento para toda a Igreja."

O bispo destacou ainda a importância da sinodalidade e do diálogo inter-religioso no futuro da Igreja. “Hoje, não há como a Igreja caminhar sem essa visão de sinodalidade, de diálogo, de viver e experimentar a vida cristã, dentro e fora da cristandade, com outras religiões. Acredito que ele vai impulsionar um trabalho por esse viés”, frisou.

Ele encerrou a fala convocando os fiéis à oração para fortalecer o grande trabalho que será o do novo papa. “Que possamos ver uma Igreja mais alegre, sempre experimentando a esperança e a alegria que vêm de Jesus ressuscitado, fonte principal da nossa fé. O papa, como sucessor de Pedro, que fez a experiência com o Senhor, tem essa missão. Peçamos ao Espírito Santo pelo novo papa e caminhemos como Igreja unida e sinodal, fortalecendo essa perspectiva missionária da Igreja Católica”, pediu o bispo diocesano. 

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