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Aprovado projeto que declara Festa de Nossa Senhora do Carmo como Patrimônio Imaterial de Corumbá

Da Redação com assessoria de imprensa em 03 de Dezembro de 2024

Clóvis Neto/Arquivo PMC

Imagem de Nossa Senhora do Carmo, na capela da vila de Coimbra

Projeto de Lei encaminhado pelo Executivo Municipal, que declara a Festa de Nossa Senhora do Carmo, no Distrito de Forte Coimbra, como Patrimônio Cultural Imaterial do Município de Corumbá, foi aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores, na sessão da noite de segunda-feira (02). É uma forma de promover e proteger a festa, reconhecendo seu papel na identidade e continuidade das comunidades.

A Festa de Nossa Senhora do Carmo, realizada em Forte Coimbra, é um evento que transcende sua expressão religiosa, consolidando-se como elemento de identidade e memória coletiva. Preservada por gerações de moradores e romeiros, remonta a tradições seculares associadas ao Forte Coimbra, uma construção militar de 1775, reconhecida como Patrimônio Cultural Material do Brasil. Essa conexão entre patrimônio material e imaterial reforça a relevância da celebração para a história local e nacional.

História

O Dia de Nossa Senhora do Carmo é celebrado em 16 de julho, quando a imagem é carregada por uma guarda real com vestimentas de gala da época do Império durante a procissão, que segue da capela para a vila militar e termina no rio Paraguai.

À santa são creditados milagres durante batalhas contra espanhóis e paraguaios, em 1801 e 1864. Conta a história, que Nossa Senhora do Carmo livrou a guarnição militar do forte (110 homens, cinco canoas e três canhões) de um massacre no dia 17 de setembro de 1801, quando um exército espanhol (600 homens, navios e 30 canhões) tinha ordem de ocupar o lugar na disputa pelo território com Portugal. Após nove dias de batalha, os espanhóis venceram, mas bateram em retirada ao verem a imagem da santa na entrada do forte.

Desde então, Nossa Senhora do Carmo passou a ser reverenciada pela população local. A segunda manifestação ocorreu durante a Guerra do Paraguai. No dia 28 de dezembro de 1864, tropa paraguaia com 3,2 mil homens, 41 canhões, 11 navios e farta munição cercou o forte. Os brasileiros (149 homens) resistiram até o segundo dia, quando um soldado exibiu a imagem da santa e os inimigos suspenderam o fogo, permitindo a fuga dos sobreviventes.

A mesma imagem, trazida pelo construtor e depois comandante do forte, Ricardo Franco, encontra-se na capela da vila, onde recebe as honras militares. As joias, fotos, dinheiro e condecorações junto a seu manto representam graças recebidas.

As dependências do Forte sediam a 3ª Companhia de Fronteira – Forte Coimbra, subordinada à 18ª Brigada de Infantaria de Pantanal do Exército brasileiro. Esta unidade recebeu, em 2002, a denominação histórica de Companhia Portocarrero. No Forte, também há um monumento que guarda os restos mortais do coronel Ricardo Franco de Almeida Serra.

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