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Menos da metade das crianças são alfabetizadas na faixa etária correta em MS

Campo Grande News em 28 de Maio de 2024

Divulgação

Relatório divulgado pelo MEC mostra recuperação pós-pandemia e metas progressivas até 2030

Em 2023, 56% das crianças brasileiras das redes públicas foram alfabetizadas na idade certa, entre 6 e 7 anos de idade, conforme o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Mas, Mato Grosso do Sul só conseguiu índice de 47%. Isso significa que mais da metade das crianças não alcançaram as metas estabelecidas.

Estes dados foram apresentado no 1º Relatório de Resultados do Indicador Criança Alfabetizada, divulgado nesta terça-feira (28), pelo Ministro da Educação, Camilo Santana, em reunião com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com este resultado, o Brasil recuperou o desempenho de alfabetização pré-pandemia de covid-19, alcançando a meta estabelecida pelo MEC (Ministério da Educação) para o ano passado por meio do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. O novo indicador é 20 pontos percentuais superior ao desempenho de 2021 e acima do registrado em 2019.

O indicador foi calculado a partir do alinhamento nacional dos dados apurados pelas avaliações estaduais em 2023, abrangendo 85% dos alunos das redes públicas brasileiras. Dos 19 estados que superaram os percentuais de 2019, alguns apresentaram avanços significativos, como Rondônia e Maranhão.

Os resultados específicos de Mato Grosso do Sul indicam que 47% das crianças atingiram o patamar de alfabetização em 2023, ficando abaixo da média nacional de 56%. Apesar de estar acima do desempenho de 2021 (31%), o estado ainda apresenta desafios significativos em relação às metas progressivas estabelecidas pelo MEC até 2030.

Confira a evolução das metas para Mato Grosso do Sul:

2019: 41%

2021: 31%

2023: 47%

2024: 53%

2025: 58%

2026: 63%

2027: 68%

2028: 72%

2029: 76%

2030: >80%

O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada foi lançado pelo MEC em 2023 e visa assegurar a alfabetização de todos os estudantes ao final do 2º ano do ensino fundamental, além de recompor as aprendizagens perdidas durante a pandemia. O programa contou com a adesão de 5.558 municípios e todos os estados brasileiros, com um investimento superior a R$ 1 bilhão.

Diversas iniciativas fazem parte deste compromisso:

Política de Alfabetização: Redes estaduais elaboram políticas de alfabetização em colaboração com municípios. O MEC já investiu R$ 38,2 milhões em bolsas para mais de 7 mil profissionais da Renalfa (Rede Nacional de Articuladores de Alfabetização).

Comitês Estratégicos: Foram criados 25 comitês estratégicos estaduais, envolvendo 99,7% dos municípios brasileiros para coordenar estratégias locais de alfabetização.

Formação de Professores e Gestores: Com um investimento de R$ 667 milhões, o MEC visa a formação de 1.065.488 profissionais, incluindo parcerias com 34 universidades públicas para a formação de professores da educação infantil.

Infraestrutura: Investimentos de R$ 156 milhões para a criação de 126 mil Cantinhos da Leitura e R$ 218 milhões para a distribuição de 10 milhões de materiais de apoio à alfabetização.

Boas Práticas: Criação do Selo Compromisso com a Alfabetização e uma premiação para redes públicas que atingirem as metas pactuadas.

Com esses esforços, o Brasil busca garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até 2030, com Mato Grosso do Sul e demais estados trabalhando para alcançar e superar as metas estabelecidas.

Ensino Médio

Já no ensino médio, em Mato Grosso do Sul, 16,8% dos alunos se formaram na idade certa e com o aprendizado considerado suficiente. Apesar do número tão baixo, o Estado fica em 12° lugar com o maior índice de conclusão dos estudos.

Em relação a conclusão dos anos iniciais, o índice de 2019 é melhor, fica em 48% no Estado, Já nos anos finais só atinge 21,9% dos estudantes e os 16,8% do Ensino Médio.

Se comparar com 2013, a conclusão do Ensino Médio era pior: só 12%. Nos anos iniciais, 36,3% e anos finais, 15,1%, o que equivale do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. 

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