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Historiador e pesquisador da cultura pantaneira, Augusto César Proença morre aos 85 anos

Ricardo Albertoni em 12 de Junho de 2023

Agência NavePress - Nelson Urt

Augusto César Proença era professor, contista, historiador e pesquisador da cultura pantaneira

Morreu aos 85 anos no domingo (11) o professor, contista,  historiador e pesquisador da cultura pantaneira, Augusto César Proença. Nascido em 15 de agosto de 1937, em Corumbá, Proença há algum tempo, estava com a saúde debilitada.

Era formado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras da Região dos Lagos, de Cabo Frio, membro da Academia Sul-Mato-grossense de Letras, da Academia Corumbaense de Letras e do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro.

Participou de várias organizações não governamentais que valorizam o meio ambiente, o ser humano e a vida. Considerava-se um apaixonado pela cultura e história do Pantanal

Entre suas obras, destacam-se Snack Bar, de 1979; Raízes do Pantanal, de 1989; A Sesta, 1993; A condução, 1995; Pra qualquer lugar, 1995; Nessa poeira não vem mais seu pai, 1996; Pantanal: gente, tradição e história, 1997; Corumbá de todas as graças, 2003; Memória Pantaneira, 2004.

Em 2010, o escritor viu uma de suas obras, ir para as telas no filme gravado em Corumbá, “O Caso de Juanita”, cujo roteiro foi baseado no conto homônimo do escritor corumbaense. Na época, ao Diário Corumbaense, Proença se mostrou empolgado com a adaptação: “É um conto quase inédito porque uma vez publiquei-o em Corumbá, mas acho que ninguém leu, porém agora com o audiovisual, que é uma coisa chamativa, as pessoas vão ver”.

A primeira parte da obra que está dividida em três partes no Youtube, pode ser conferida no vídeo.

Teve artigos, crônicas, contos, ensaios publicados em jornais, revistas, sites da Internet e entrevistas dadas a televisões e rádios nacionais e internacionais

Festival América do Sul

Na 16ª edição do Festival América do Sul, que aconteceu em 2022, ao lado de Lídia Baís e Lobivar Matos, o escritor corumbaense foi homenageado.

Mesmo com problemas de saúde, compareceu ao Palco da Integração, na Praça Generoso Ponce, para receber a estatueta das mãos do então governador Reinaldo Azambuja. “Gostei muito, estou sendo reconhecido, isso é muito bom”, disse na época.

Pesar

A Fundação de Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá emitiu Nota de Pesar pelo falecimento do artista. “Seus trabalhos, mais voltados para contos e crônicas, são reconhecidos pela qualidade e carregaram seu nome para o círculo literário sul-mato-grossense. 

Através dos textos eternizou a poesia do Pantanal através de seus costumes, seus meandros, seus cotidianos, falares, lendas, costumes, sua exuberância e as críticas pertinentes à sua destruição. 

Com prêmios e adaptações para o audiovisual, Augusto César marcou seu nome na história e na cultura corumbaense. Aos familiares e amigos, nossos sinceros sentimentos de pesar.” 

O velório acontece na Capela Corumbá, na rua Major Gama esquina com a 13 de Junho. O sepultamento é às 15 horas no cemitério Santa Cruz. 

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