Rosana Nunes em 18 de Setembro de 2022
Divulgação
Motoristas de aplicativos durante mobilização
Na avaliação do presidente da COOPEMAP, Bernardino da Silva Arrua, há insatisfação com as condições de trabalho, insegurança e com os valores recebidos devido às altas taxas cobradas pelos aplicativos. Ele explicou ainda, que a criação da cooperativa visa proporcionar ganhos mais justo para os motoristas e parcerias com empresas locais para beneficiar não apenas a categoria profissional, mas, principalmente o passageiro.
“A gente se uniu para dar uma melhorada no atendimento ao público, para melhorar o trabalho do motorista de aplicativo. Tem muita plataforma, algumas que nem são de Corumbá, que vêm aqui apenas para usar o transporte de aplicativo para gerar dinheiro e não investem nada em Corumbá. Com a nossa cooperativa, se tudo der certo, vamos gerar emprego. Vamos ter que contratar gente para trabalhar, o dinheiro vai ficar aqui mesmo, não vai sair. As plataformas de fora não empregam nenhum centavo em Corumbá”, disse Arrua ao Diário Corumbaense.
A mobilização mostrou como é o cenário dos motoristas de aplicativo em Corumbá e também a legislação municipal para o setor. “Com a lei, tem de usar carro novo, não pode ter mais de 10 anos de uso, e o motorista tem que ter um MEI (cadastro de Microempreendedor Individual)”, pontuou o presidente da COOPEMAP.
“Como nós não tínhamos ideia de cooperativa, éramos desunidos, a gente acabava trabalhando para as operadoras, cobrando 25% a 30%. Sendo que ela só ganha, não paga nada. Tem motorista que trabalha de 10 a 15 horas, diuturnamente. A operadora, não sabe o desgaste do pneu, troca de óleo, troca de combustível, carro, ela só ganha. A nossa cooperativa é para ajudar o motorista corumbaense. Todo dinheiro será revertido para nós mesmos, os cooperados, motoristas, em sorteios, em descontos, em convênios, ou até mesmo ajudar o motorista que apresente qualquer problema. Foi por isso que nos unimos, para ter respaldo e segurança. Na hora que o motorista estiver com problemas no carro, a cooperativa estará ali para ajudar. A gente só quer trabalhar respaldado na lei e com suporte jurídico”, finalizou Bernardino Arrua.
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