Leonardo Cabral em 13 de Setembro de 2022
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Forte de Coimbra está localizado à margem direita do rio Paraguai
Mais antigo que Corumbá - que irá completar 244 anos -, Forte de Coimbra foi construído para fortificações militares em alguns pontos do rio Paraguai, no local denominado Estreito São Francisco Xavier e durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), teve papel importante nas batalhas travadas, sendo fundamental para a consolidação da fronteira oeste do Brasil.
O Forte pertence ao Exército Brasileiro e é mantido pelo Pelotão Especial de Fronteira, unidade militar da 18ª Brigada de Infantaria do Pantanal/Comando Militar do Oeste.
Sucessivamente atacado por guaicurus no final do século XVIII, por espanhóis em 1801 e por paraguaios em 1864, o Forte de Coimbra passou por diversas recomposições e adaptações, até uma última reforma pelo Exército em 1908. Hoje, em terras oficialmente brasileiras e mantido pelos militares, suas muralhas são um testemunho daquele período da história.
Era apenas uma paliçada de madeira, não se tratava ainda de uma fortificação permanente. Na época, “presídio” significava “fortificação”. A construção foi realizada por Mathias Ribeiro da Costa, por ordem do Governador da Capitania do Mato Grosso D. Luiz de Albuquerque. Mas o local determinado era outro, cerca de 40 léguas rio abaixo , no local denominado Fecho dos Morros. Embora tenha havido um erro de localização, a posição foi mantida.
O objetivo da fortificação era conter o avanço dos espanhóis, assim como as incursões de índios que habitavam aquelas regiões, como os temidos guaicurus.
O Forte tem como atrações a visita à parte alta da construção, de onde se observa o rio Paraguai ao lado de antigos canhões, além do passeio à vila de moradores e à gruta Buraco do Soturno.
1° forte a ser tombado pelo Iphan
Esse bem cultural, cenário de diversas batalhas entre portugueses e espanhóis, possui ainda grande valor paisagístico, destacado pela relação entre a construção e a paisagem pantaneira.
Toda sua peculiaridade fez com que esta edificação militar do final do século XVIII integrasse o conjunto de fortes brasileiros candidatos a Patrimônio Mundial. Contudo, o reconhecimento nacional veio ainda em 1974, quando foi o primeiro forte a ser tombado pelo Iphan no território de Mato Grosso do Sul.
Todos os anos, em 16 de julho, acontece a tradicional festa da Nossa Senhora do Carmo, padroeira da edificação, integrando história e devoção em um só lugar.
Com informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
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