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MS vai manter vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos, diz secretário

Campo Grande News em 16 de Setembro de 2021

"Vamos manter, vamos continuar vacinando os adolescentes", afirmou o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende. O questionamento se dá por conta de recente recomendação feita pelo Ministério da Saúde, que dizia para suspender a vacinação de pessoas de 12 a 17 anos em todo o Brasil.

O titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde) destaca que pelo menos 59% dessa faixa etária já recebeu a primeira dose, o que equivale a aproximadamente 164 mil pessoas. Além disso, outras cinco mil já receberam a segunda dose, de reforço.

"Não temos nenhum efeito adverso grave de vacinas aplicadas em Mato Grosso do Sul, nessa faixa etária", garante Resende.

O secretário entende que a decisão do Ministério da Saúde foi tomada de forma isolada, sem discussão com o Conass (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde), Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde), além de não consultar sociedades de infectologia, pediatria e imunologia."Especialistas não foram ouvidos", completa.

Ele diz que o próprio Cosems-MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul) já está ciente e concorda com a manutenção de vacinas a esses grupos.

"Há uma reação dos secretários em todo o País para que a gente cobre do Ministério, que possa reavaliar essa decisão, para não trazer mais um ingrediente que preste desserviço à imunização no País", explica o secretário de Saúde, Geraldo Resende.

Por fim, ele também ressalta que o Estado fica na expectativa de receber doses em quantidade suficiente para aplicar o reforço a quem já tomou a primeira dose.

Suspensão

Na noite de ontem, o Ministério da Saúde divulgou a recomendação de suspender a vacinação de adolescentes e crianças sem comorbidades, de 12 a 17 anos, com doses da Pfizer - única permitida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

O Ministério da Saúde alega que a OMS (Organização Mundial da Saúde) não recomenda a imunização de adolescentes. No entanto, a entidade diz somente que a prioridade não deve ser a desse grupo. Caso haja disponibilidade de doses, essas vacinas poderiam ser aplicadas sim, de acordo com a OMS.