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PF deflagra operação que investiga contratos da Prefeitura de Ladário com posto de combustíveis

Rosana Nunes em 26 de Novembro de 2020

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Servidores chegaram para trabalhar e não puderam entrar no prédio da Prefeitura

A Polícia Federal mobilizou nesta quinta-feira (26), 55 policiais na operação Posto Exclusivo, que apura crimes de corrupção envolvendo licitações na Prefeitura de Ladário, município vizinho a Corumbá. 

Desde cedo, os agentes federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá/MS, nas cidades de Ladário, Corumbá e Rio de Janeiro/RJ, onde mora ex-secretária do Executivo ladarense. 

De acordo com a PF, a investigação teve início após denúncia de ex-servidora que indicava haver conluio de um empresário do ramo de combustíveis com servidores municipais. O nome da operação faz referência ao fato de a empresa investigada ser a única fornecedora de combustível à Prefeitura de Ladário, vencendo sucessivas licitações com suspeitas de fraudes. 

Divulgação/PF

Dinheiro apreendido na operação

Somente em Ladário, os mandados são cumpridos no posto de combustível, na Prefeitura e nas secretarias que têm frotas de veículos. Servidores que chegaram para trabalhar nesta manhã, foram impedidos de entrar. Até agora, já foram apreendidos 40 mil reais e 550 dólares, além de documentos. 

O dono do posto investigado, é Munir Sadeq Ramunieh, que concorreu à Prefeitura de Ladário nas eleições de 15 de novembro. Dias antes do pleito, ele teve o registro indeferido justamente por ter contratos de fornecimento de combustível vigorando com a Prefeitura. Munir teria que ter se afastado da empresa da qual é sócio, seis meses antes da eleição. 

O Diário Corumbaense apurou que a denúncia foi feita em 2018 e estão sob investigação contratos daquele ano, 2019 e 2020. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, por crimes previstos na Lei de Licitações e Contratos e por organização criminosa, prevista na Lei nº 12.850/2013, conforme aprofundamento dos trabalhos.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Denúncia apontou "conluio" em licitações para beneficiar posto de combustíveis