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Embarcação é desencalhada e segue viagem; cantor Eduardo Costa vai gravar DVD no Pantanal

Leonardo Cabral em 18 de Setembro de 2020

Diário Corumbaense

Barco Peralta foi desencalhado com apoio de um rebocador de bandeira paraguaia nesta manhã

Foi desencalhada na manhã desta sexta-feira, 18 de setembro, a embarcação que ficou presa provavelmente em um banco de areia, em frente à Prainha do Porto Geral de Corumbá. O nível do rio Paraguai está muito baixo e durante uma manobra, na tarde de quinta-feira, o barco-hotel da empresa de turismo Peralta Cruise, encalhou.

Um rebocador de bandeira paraguaia foi usado na retirada da embarcação de três andares e peso de 270 toneladas. O barco foi construído em 1989  e remodelado em 2017. Tem capacidade máxima para 20 pessoas e conta com 10 suítes.

Além do rebocador, militares da Marinha do Brasil foram acionados, realizaram uma vistoria na embarcação e também ajudaram nos trabalhos. 

“Ontem tínhamos uma saída programada, fizemos o abastecimento da embarcação e aí deve ter banco de areia pela localidade, o que ocasionou o encalhe porque o rio está baixo. Hoje, recebemos apoio da Capitania dos Portos e de alguns outros colaboradores", explicou Luiz Roberto Barreto Sakamiti agradecendo o apoio que recebeu de parceiros que atuam no mesmo setor.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Barco atracado no Porto para embarque da tripulação e do cantor Eduardo Costa

“Nunca vi uma situação como essa em três décadas. Estou em Corumbá com o Peralta desde 1989, eu nunca vi o rio baixar tanto do jeito que está hoje, é uma situação atípica que estamos vivendo. Inclusive, todos os parceiros de outros barcos também estão com dificuldade devido aos bancos de areia”, completou o empresário ao Diário Corumbaense.

Sobre as viagens, Luiz disse que, “por segurança já fizemos na semana passada uma viagem navegando durante o dia e desde então, tomamos todos os cuidados. A embarcação tem sonar que auxilia guiando, ou seja, nos dá precisão da profundidade do rio. Agora com o problema resolvido, é seguir viagem com o cantor Eduardo Costa”, finalizou.    

“Trabalho Caipirão” no Pantanal 

A embarcação, que realiza viagens de pesca esportiva no Pantanal de Corumbá, seguie viagem com o cantor sertanejo, Eduardo Costa. Depois que o barco encalhou, o artista passeou pelo Porto Geeral, atendeu alguns fãs e passou a noite em um hotel da cidade.

O cantor gravou um vídeo de 34 minutos em sua rede social, explicando que aguardava a embarcação ser desencalhada e que sua vinda até Corumbá é a trabalho, para gravar um DVD intitulado: “Eduardo Costa no Pantanal”.

“Estou aqui para gravar um DVD, um trabalho maravilhoso, trabalho top! Era para eu ter começado a gravar hoje, mas infelizmente o barco que eu ia gravar teve um problema e ele encalhou e acabou não dando para a gente entrar na gravação. Mas começo nesta sexta, vai ser um trabalho maravilhoso, diferente, bem mais regional, moda mais caipira. Trabalho caipirão! Trem bem diferente”, disse o artista.

Ele também agradeceu a acolhida que teve na cidade. "Quero aqui agradecer o povo de Mato Grosso do Sul, pelo carinho, estou em Corumbá, tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas", disse Eduardo Costa.

Pior seca em 50 anos

Nesta sexta, a altura do rio Paraguai, na régua de Ladário, é de 0,25 metro. O rio é o oitavo maior em curso de água da América do Sul. Tem cerca de 2.600 km de extensão. Nasce no município de Alto Paraguai, a 219 km de Cuiabá, e banha quatro países, na nascente no Brasil, passando pela Bolívia, Paraguai e chegando à foz na Argentina.

Com as nascentes localizadas em Mato Grosso, o rio banha também Mato Grosso do Sul, seguindo o curso e entrando em águas internacionais passa pela Bolívia, Paraguai, deságua no Rio Paraná e termina de encontro ao mar na Argentina.

O rio vive a pior seca dos últimos 50 anos. Sem chuva, o nível segue baixando e segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o rio já atingiu o menor nível da história. Em anos normais, nessa mesma época do ano, o rio passa dos três metros.

Em 25 dias, o rio pode atingir seu nível mais crítico, chegando a 30 centímetros abaixo da cota que é considerado o nível mínimo, segundo o G1.

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