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Dois são presos por desacato e agressão a militar do Exército durante abordagem

Rosana Nunes em 02 de Agosto de 2020

Divulgação/Exército

Carga de frango estava distribuída em 65 caixas

Militar do Exército foi agredido durante uma abordagem na estrada do Jacadigo, área rural de Corumbá que fica próxima à fronteira com a Bolívia.

A Patrulha fiscalizava a área quando constatou dois veículos, uma Saveiro e um Strada, parados na estrada, próximo a um bar e oficina mecânica. O comandante da equipe buscou saber junto às pessoas que estavam no bar, quem eram os condutores das pick-ups, mas ninguém deu qualquer informação.

Ao informar que os veículos seriam rebocados e levados para o pátio do Detran, dois homens, de 33 e 21 anos, se identificaram como os donos dos carros. A documentação dos indivíduos e dos veículos estava regular, no entanto, havia nas carrocerias pelo menos 1.300 quilos de frango, distribuídos em 65 caixas.

Os dois homens disseram que não tinham a nota fiscal do produto e foram informados que teriam que seguir, com a patrulha, ao Posto Esdras, para regularizar a situação na Receita Federal. A dupla se recusou e quando o comandante disse que seriam levados coercitivamente, o indivíduo de 21 anos, deu uma cotovelada no rosto do militar, causando corte.

Divulgação/Exército

Um dos veículos que levavam 1.300 kg de frango

A dupla foi presa por desobediência, desacato e lesão corporal. A carga foi entregue à Receita Federal. 

Fronteira fechada

O Exército, a Polícia Federal e Força Nacional de Segurança, são responsáveis pela fiscalização na fronteira de Corumbá com a Bolívia, que está fechada desde março como medida de combate ao coronavírus. Do lado boliviano, o acesso está proibido e somente é permitida, dos dois lados, a passagem de caminhões de cargas. A Receita Federal e a Polícia Militar, também mantêm equipes no Esdras.

Para tentar driblar a fiscalização, estradas vicinais, conhecidas como “cabriteiras” são usadas para levar mercadorias para o lado boliviano, passagem de pessoas, de contrabando e de veículos furtados ou roubados.

Neste período de pandemia, as forças de segurança já abriram valas por duas vezes nas trilhas clandestinas, mas, elas continuam sendo “rota alternativa”.