PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Bebê é o 25º caso de coronavírus em MS, depois de um mês da doença no Brasil

Campo Grande News em 26 de Março de 2020

Nesta quinta-feira, 26 de março, completa um mês que o Brasil identificou seu primeiro caso de coronavírus. Já são 77 mortes e 2.915 casos confirmados de Covid-19 no País. Em Mato Grosso do Sul, hoje, o boletim epidemiológico registra 25 casos confirmados, um a mais que ontem, sem nenhum óbito. O novo paciente é um bebê de 3 meses, de Campo Grande, contaminado por pessoa da família e internado com quadro estável.

Aqui no Estado são 388 notificações, 299 suspeitas descartadas e 11 excluídos. Campo Grande tem 23 casos confirmados e os outros dois, foram em Sidrolândia e Ponta Porã. O número de casos suspeitos monitorados pela SES passou para 53 em 22 municípios. Corumbá, que tinha um caso suspeito, saiu da lista de cidades hoje.

O lado bom é que nesta quinta-feira, nove pacientes tiveram alta, estão curados e 12 seguem em isolamento domiciliar. A notícia ruim é que quatro seguem internados, duas pessoas com alta programada, uma amanhã e outra na próxima semana, e duas outras com quadro mais grave, na UTI.

No dia 26 de fevereiro, o primeiro caso foi identificado no Brasil. Em Mato Grosso do Sul a confirmação chegou 17 dias depois, em 14 de março. À medida em que a doença avança rapidamente, o poder público e a rede hospitalar correm para montar a logística possível para dar conta da demanda para a hora em que o País atingir o pico. A doença causa síndrome respiratória severa e muitos pacientes precisam com urgência de respiração artificial para sobreviver. Entre idosos, o índice de mortes é mais elevado. 

Como se trata de nova enfermidade, enquanto ela se espalha pelo mundo, pesquisadores tentam entender sua dinâmica, e, assim como no Brasil, traçar projeções. Em uma das entrevistas recentes, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS), disse que concluído o primeiro mês seria possível estimar dados sobre o avanço com base no próprio cenário.

Com base na experiência de outros países, o Ministério estimou que o Brasil terá pico de casos entre 06 e 20 de abril. Essa estimativa tem como parâmetro o contexto de transmissão comunitária, quando já não se é mais possível identificar de quem o doente contraiu o coronavírus. 

Enquanto a pandemia segue sua velocidade acelerada de transmissão e óbitos, com mais de 20 mil mortes em quatro meses no mundo, o Brasil ingressou em polêmico debate sobre a conveniência de manter ou não o isolamento social, medida que a OMS (Organização Mundial da Saúde recomenda), diante da falta de medicação ou vacina e os poucos conhecimentos que ainda se tem sobre a doença.

O presidente Jair Bolsonaro chegou a defender a adoção de um isolamento vertical, em que somente idosos e pessoas com saúde frágil ficariam isoladas, enquanto as atividades produtivas e as aulas poderiam ser retomadas. Houve embate com governadores e prefeitos e autoridades e profissionais de saúde, que seguem defendendo o confinamento das pessoas, mas a fala do presidente encontrou eco entre muitos aliados e brasileiros, retomando polarizados debates assemelhados ao período eleitoral. 

PUBLICIDADE